Nos nove primeiros meses de 2023, as receitas da Americanas caíram 45,1%, se comparadas com o mesmo período de 2022. O número representa um prejuízo de R$ 4,61 bilhões, segundo balanço corporativo divulgado pela companhia. Esse resultado foi puxado pela diminuição nas vendas realizadas pelos canais digitais, que tiveram retração de 79,2%, para R$1,89 bilhão. O segmento foi o mais afetado depois da revelação das fraudes contábeis, que levaram a empresa à recuperação judicial em janeiro do ano passado.
O GMV (volume bruto de mercadorias) vendido nos canais digitais de janeiro a setembro foi de R$ 4,8 bilhões – menos de 30% de todo o GMV da companhia, de R$ 16,1 bilhões. No mesmo período de 2022, o volume dos canais digitais totalizou R$ 20,9 bilhões, o que representava cerca de 64% de todas as vendas da Americanas.
O varejo físico, que era em 2022 a segunda maior representatividade na receita da companhia, assumiu a liderança nos nove primeiros meses do ano passado, com receita líquida de R$ 7,25 bilhões, número 18,8% menor em um ano. Já o GMV das lojas físicas se manteve mais estável entre os períodos de 2022 e 2023, com uma queda de 4,4% de um ano para o outro: o volume de vendas pelos meios físicos foi de R$ 9,3 bilhões nos nove primeiros meses de 2023, contra R$ 9,7 bilhões registrados no mesmo período de 2022.
Leia também: Em um ano de crise, Americanas demitiu 10 mil colaboradores e perdeu espaço no e-commerce
As vendas em mesmas lojas tiveram queda de 2,9% no ano passado, mas subiram 3,6% no terceiro trimestre. Ao longo do ano, a Americanas fechou 99 lojas físicas no país, encerrando setembro com 1.764 unidades. A varejista afirma que mais de 70% das lojas fechadas estavam em cidades onde havia mais de uma loja, e a maior parte dos fechamentos se deu na região Sudeste.
Em Mato Grosso, por exemplo, a loja física localizada na Avenida 13 Junho, em Cuiabá, foi fechada há cerca de seis meses. (Jornal Giro News)