O rendimento domiciliar per capita de Mato Grosso foi de R$ 1.991 em 2023 e superou em 5,17% a média nacional, em R$ 1.893. O maior valor apurado é do Distrito Federal, cuja as cifras estão 77% acima da nédia nacional. Na capital do país, o indicador alcança R$ R$ 3.357.
Os dados são relativos a 2023 e foram divulgados ontem (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Abaixo da metade da média do país, o Maranhão figura com o menor índice do Brasil, R$ 945.
No Centro-Oeste, além do destaque nacional para o Distrito Federal, há destaque para o Mato Grosso do Sul, R$ 2.030 e Goiás, R$ 2.017.
O rendimento domiciliar per capita foi calculado como a razão entre o total dos rendimentos domiciliares e o total dos moradores. Nesse cálculo, são considerados os rendimentos de trabalho e de outras fontes, como aposentadorias e benefícios do governo. Todos os moradores são considerados no cálculo, inclusive os pensionistas, empregados domésticos e parentes dos empregados domésticos.
De acordo com o economista e professor do Ibmec Gilberto Braga, o rendimento domiciliar per capita do Distrito Federal é explicado pelo grande contingente de funcionários públicos na capital federal, que conseguem uma remuneração acima da média da iniciativa privada.
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“Nas demais cidades, a gente vê um peso relativo bastante grande do salário mínimo, que ainda é utilizado como principal referência de remuneração. Quando você pensa em funcionalismo público, os [rendimentos dos] cargos concursados tendem a partir já de um valor superior ao salário mínimo, e isso puxa a média do Distrito Federal para cima”, explica o economista.
Ficaram acima da média do país 11 unidades da Federação (UF). Todas fazem parte das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O estado mais populoso do Brasil, São Paulo apresentou rendimento domiciliar per capita de R$ 2.492.
A divulgação do rendimento per capita atende à Lei Complementar 143/2013, que estabelece os novos critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE). Os dados são repassados ao Tribunal de Contas da União (TCU).
As informações são coletadas ao longo do ano pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).