De acordo com nova atualização do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a colheita do milho da segunda safra da temporada 2023/24 até o último dia 19, em Mato Grosso, atingiu 96,62% da estimativa de área total, avanço semanal de 6,66 pontos percentuais (p.p.). Diante desse ritmo, o ciclo 2023/24 é o mais adiantado da série histórica do Instituto, devido a combinação do adiantamento da semeadura e condições climáticas favoráveis.
Os trabalhos a campo deste ciclo estão mais adiantados, 21,73 p.p., quando comparado com o mesmo período da safra 2022/23 e 16,52 p.p ante a média dos últimos cinco anos, como destacam os analistas do Imea.
No que se refere às regiões, a médio-norte, oeste e norte seguem à frente dos trabalhos a campo com 99,08%, 98,69% e 97,85% das áreas colhidas, respectivamente.
Para as próximas semanas, com a colheita próxima do fim, um ponto de atenção é o déficit de armazenagem, que sazonalmente na “época de colheita” é um gargalo no estado, observam os analistas.
OFERTA – A área de milho permaneceu em 6,94 milhões de hectares, em julho, recuo de 7,31% ante a temporada 2022/23. No que se refere aos rendimentos, a 10° estimativa do Instituto, apontou alta de 3,18% ante a divulgação de junho e ficou em 113,53 sacas/hectares. Esse aumento foi pautado pelos bons resultados das lavouras até o final de junho das áreas colhidas.
Em relação as regiões, a oeste se destacou na expectativa de produtividade para o ciclo, 120,12 sacas/hectares, isso é 6,25% maior que a estimativa passada e 3,24% maior que o consolidado na safra 2022/23. Já a região sudeste, que foi destaque de produtividade no ciclo passado, nesta safra 2023/24, é aguardado uma produtividade de 107,51 sacas/hectares, apesar do aumento de 1,53% entre estimativas, a produtividade esperada da região está 8,03% menor que no ciclo passado, ficando à frente somente da região nordeste.
Com a área esperada para a safra em 6,94 milhões de hectares e uma produtividade de 113,53 sacas/hectare é aguardado uma produção de milho de 47,30 milhões de toneladas para o ciclo 2023/24, alta de 3,18% ante a estimativa passada e 9,90% a menos que na safra 2022/23.
CUSTO DE PRODUÇÃO – De acordo com o projeto Acapa-MT, o Custo de Operação Efetivo (COE) do milho da safra 2024/25 em Mato Grosso, em junho, fechou em R$ 4.589,36/ha, alta de 0,24% ante a maio. Ao analisar o Ponto de Equilíbrio (P.E), levando em consideração o preço ponderado de junho do milho em R$ 35,99/sc, o produtor terá que produzir 127,52 sc/ha na safra 2024/25. Quando comparada com a 2023/24, a despesa aumentou 6,13 sc/ha, puxada pela alta do pacote tecnológico no ciclo futuro.
“Ainda, quando acrescentados os custos com depreciações e pró-labore, o agricultor terá que produzir na média 142,44 sc/ha, para cobrir o Custo Operacional Total (COT). Vale ressaltar que o Imea ainda não possui estimativa de produtividade para a próxima safra (2024/25), mas, levando em consideração a média de produtividade das últimas três safras (110,85 sc/ha), o produtor cobrirá apenas o custeio da temporada”, alertam os analistas do Imea.
Com os custos elevados, e a produtividade em aberto para a próxima safra, é necessário que o produtor continue atento às melhores oportunidades de negócio e tente minimizar as suas despesas na temporada, completam os analistas.