A Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) recebeu ontem (16) a visita de representantes de 10 indústrias têxteis dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. No encontro foram debatidos temas como a produção de algodão no estado, as principais demandas dos industriários, além das certificações necessárias para a venda.
Esse é o terceiro ano que os industriários vêm a Mato Grosso conhecer mais sobre a produção do algodão, insumo que impacta diretamente em sua atividade. Com instituições consolidadas no mercado, uma delas com mais de 150 anos, os empresários visitaram fazendas em Primavera do Leste (231 km ao sul de Cuiabá) e procuraram a Ampa para ampliar o conhecimento sobre a commodity.
“Realizamos novamente o Giro de Safra, que reúne as indústrias para conhecer as regiões produtoras. Os estados dos quais viemos correspondem a quase 20% do processamento nacional do algodão, por isso a importância de se realizar esse tour para ampliar as experiências”, afirmou o diretor da Souza Lima Cotton, Bernardo Souza Lima.
Também participaram da reunião as empresas Cedro, Cataguases, Estamparia, Tear Têxtil, Santista, Maliber, Cremer, Dohler e Fiação São Bento. Elas atuam na produção de malharia, fraldas, roupas de cama, mesa e banho, uniformes para o Exército, roupas, produtos de higiene pessoal, entre outros.
O diretor executivo da Ampa, Décio Tocantins, apresentou aos industriários o panorama da produção do algodão em Mato Grosso, que atualmente exporta 75% da produção, com envio de 25% do produto para a indústria têxtil nacional.
“Nessa reunião mostramos aos empresários que fazemos uma produção de forma sustentável, com total rastreabilidade. Mato Grosso lidera a produção nacional do algodão, por isso essas trocas de informação entre quem produz e quem confecciona o fio, o tecido e a roupa são tão importantes”, ressaltou Décio.
“Também apresentamos um pouco sobre as nossas pesquisas. Exemplo de uma delas em andamento é o desenvolvimento de um algodão modificado geneticamente para ‘produzir’ o seu próprio inseticida e combater o bicudo, principal praga do algodoeiro”, informou ainda o diretor executivo da Ampa.