O MT Econômico traz para você uma publicação com a análise do milho de Mato Grosso feita pela Conab, referente a 1ª Quinzena de Novembro/2019.
O ritmo das exportações segue intenso em Mato Grosso e o estado tem registrado parciais mensais superiores a 3 milhões de toneladas em todos os meses desde julho de 2019.
Neste ano, 18,79 milhões de toneladas foram exportadas por Mato Grosso, sendo 48,1% do volume via Arco Norte, por meio dos portos de Barcarena – PA, Santarém – PA, Manaus – AM e São Luís – MA.
Em 2018, além de o total estadual se limitar a 12,01 milhões de toneladas, ou seja, em 2019 houve 56% de aumento no fluxo, o Arco Norte respondeu por apenas 34,1% do milho embarcado. Quantitativamente, o volume escoado por estes portos saltou de 4,09 para 9,04 milhões de toneladas no período. O Porto de Santos – SP, por mais que tenha contabilizado elevação nas exportações de Mato Grosso, de 7,23 para 8,83 milhões de toneladas, teve sua participação reduzida de 60,2% para 47,0%
A relação desajustada entre oferta e demanda continua elevando o patamar de preços em Mato Grosso. Se, por um lado, a oferta é limitada devido ao período da entressafra, por outro a demanda segue firme, tanto por meio das exportações quanto pelo consumo interno.
O fluxo exportador acentuado contribuiu para o enxugamento de oferta, impulsionado pelo câmbio brasileiro depreciado, e pela consequente maior competitividade do milho brasileiro no mercado internacional. O milho é transacionado a R$ 28,50 /60 kg em Sorriso, cifra 48% superior aos R$ 19,00 /60 kg registrados há um ano.
A Conab calcula que 91,9% da safra estadual esteja negociado, enquanto que 43,9% da safra futura já tenha sido objeto de contratos. No mesmo mês do ano passado, a comercialização futura se restringia a 32,7%. A Conab tem atuado através de leilões de venda, promovendo a injeção de milho no mercado, de 50 mil toneladas a cada semana.
Comentário do Analista
As exportações estaduais seguem intensas e os portos do arco Norte já respondem por 48,1% do volume destinado ao exterior por Mato Grosso, fatia que se limitava a 34,1% há um ano. O fluxo acentuado causa desequilíbrio na relação entre oferta e demanda, inflacionando os preços.
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