Balanço da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgado ontem (4) aponta que a produção de veículos cresceu 4,7% em julho com a produção de 189.900 unidades .
Na comparação com julho de 2015, a produção caiu 15,3%. No acumulado do ano, quando foram fabricados 1.205.041 de veículos, houve queda de 20,4%, porque nesse mesmo período do ano passado a produção chegou a 1.514.001.
“Houve alguns problemas pontuais em empresas que tiveram quebra de produção, mas, mesmo assim, houve esse aumento que reflete a elevação de vendas. Esse número poderia ter sido melhor se algumas empresas tivessem produção mais uniforme”, disse o presidente da Anfavea, Antônio Megale.
O licenciamento em julho chegou a 181.400 unidades, o que representou uma elevação de 5,6% ante os 171.800 vendidos em junho. Na comparação com julho do ano passado – quando foram vendidos 227.600 veículos, o licenciamento caiu 20,3%. No acumulado do ano foram comercializados 1.164.094 veículos, 24,7% a menos do que no mesmo período de 2015, quando foram vendidos 1.546.057.
Exportações
“Embora esse tenha sido o melhor mês do ano, ainda não conseguimos dizer que isso já é um início de recuperação.
As exportações cresceram 5% em julho de 2016 na comparação com junho de 2915. Foram vendidas ao mercado externo 45.552 unidades contra 43.392 de junho do ano passado.
Segundo Megale, a Anfavea continua vendo as exportações como alternativa importante para a utilização da capacidade instalada das fábricas, considerada ociosa. “O resultado é bom, mas há espaço para crescimento devido aos acordos comerciais que foram acertados entre Colômbia e Peru. Esses acordos ainda não foram internacionalizados, mas temos potencial para exportar mais para eles”, explicou.
Ele destacou, ainda, o acordo com a Argentina que dá mais previsibilidade para o setor. “Vamos continuar exportando para eles que têm se apresentado como mercado crescente e o Brasil é uma participação importante nesse mercado”.
Os dados mostram ainda que houve um ajuste de -0,9% no emprego do setor, com 1.200 vagas a menos do que no mês anterior. Há 26 mil pessoas em lay-off (suspensão temporária do trabalho) e dentro do PPE (Programa de Proteção ao Emprego).
A Anfavea manteve as previsões para o final de 2016, que indicam queda de 19% nas vendas, redução de 16,4% na produção e exportações com elevação de 21,5%.