Nos seis primeiros meses do Plano Safra 2023/24, o desembolso do crédito rural da agricultura familiar e da empresarial chegou a R$ 249 bilhões, indicando aumento de 16% em relação a igual período da safra passada.
Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 142 bilhões. Já as concessões das linhas de investimentos totalizaram R$ 55 bilhões. As operações de comercialização atingiram R$ 29 bilhões e as de industrialização, R$ 22 bilhões.
Os números da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) mostram que foram realizados 1.214.849 contratos no período de seis meses do ano agrícola, sendo 895.682 no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e 128.028 no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).
Os demais produtores formalizaram 191.139 contratos, correspondendo a R$ 178,6 bilhões de financiamentos liberados pelas instituições financeiras.
Os valores concedidos aos pequenos e médios produtores em todas as finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização) foram de R$ 35,4 bilhões no Pronaf e no Pronamp.
O total de R$ 249 bilhões corresponde a 57% do montante que foi programado para a atual safra para todos os produtores (pequenos, médios e grandes), que é de R$ 435,8 bilhões.
Quando observados os números da agricultura empresarial (médios e grandes agricultores), a aplicação do crédito rural atingiu R$ 214 bilhões de julho a dezembro, correspondendo a uma alta de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse valor significa 59% do total programado pelo governo, de R$ 364,2 bilhões.
Em relação às fontes de recursos do crédito rural, a participação dos recursos livres equalizáveis teve um aumento de 372% em relação a igual período da safra anterior, atingindo R$ 12 bilhões. O número sinaliza uma maior utilização dessa fonte, colocada à disposição para equalização dentro do Plano Safra.
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É importante destacar, ainda, a contribuição da fonte não controlada da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA Livre) para o funding do crédito rural, que respondeu por 48% do total das aplicações da agricultura empresarial nos primeiros seis meses da safra atual, se situando em R$ 102,6 bilhões, com aumento de 119% em relação a igual período da safra passada, quando essa fonte representou 26% (R$ 46,8 bilhões).
Nos financiamentos agropecuários para investimento, o Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (ModerAgro) teve contratações da ordem de R$ 1,6 bilhão, significando um aumento de 27% em relação a igual período na safra anterior. E os financiamentos para o programa Pronamp alcançaram R$ 3,5 bilhões, alta de 90%.
Os valores apresentados são provisórios e foram extraídos no último dia 8, do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), que registra as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural.
Dependendo da data de consulta no Sicor ou no Painel Temático de Crédito Rural do Observatório da Agropecuária Brasileira, podem ser observadas variações dos dados disponibilizados ao longo dos trinta dias seguintes ao último mês do período considerado.