O Mato Grosso Econômico traz para você que o consumidor começa a dar sinais de recuperação diante do baque sofrido nas contas domésticas. A melhora ainda considerada tímida pelos economistas, já é um prenúncio de que os números podem continuar apresentando melhoras.
Embora nacionalmente os números de agosto tenham apresentado alta, em Cuiabá foi diferente.
Nacionalmente, o número geral de inadimplentes no país vinha de queda em junho (58,1%), para 57,7% em julho; e em agosto registrou alta de 0,3% passando para 58%.
Já na capital de Mato Grosso o número de inadimplentes continuou caindo. Nos últimos três meses, o balanço feito pelo Centro de Pesquisas da CNC, Confederação Nacional do Comércio, mostra que o consumidor cuiabano está aprendendo a reorganizar o orçamento.
Apesar de ainda ser pequeno o número de pessoas que conseguiram ficar "em dia" com os carnês e boletos das dívidas, quando se faz a análise gráfica, é possível perceber uma tendência comportamental de reorganização do orçamento familiar.
Cartão de crédito lidera ranking de contas em atraso
No balanço feito em maio sobre os principais tipos de dívida dos consumidores brasileiros, o cartão de crédito saiu disparado na frente. Para as famílias pesquisadas, 76,5% das contas não pagas estão relacionadas ao cartão. Uma facilidade que se não usado com cautela pode virar uma bola de neve. Em segundo lugar vêm os carnês de lojas com, 15,3% e em terceiro estão os financiamentos de carros com 11,1%.
Já em Cuiabá, o cartão de crédito também aparece em primeiro no ranking das dívidas, com 62,9%. Os carnês de lojas em segundo com 30,6% e em terceiro, o crédito pessoal com 13,1%.
Para o superintendente da Fecomércio-MT e economista, Evaldo Silva, quando o crédito é fácil, como no caso do cartão de crédito, as famílias acabam gastando mais. “Em época de crise econômica, apesar do pior já ter passado, quando a situação aperta, por exemplo, com a falta de capital, tanto de investimento quanto de giro para as empresas, elas ficam mais exigentes e o crédito fica mais restrito. Como podemos ver, o menor índice é de financiamento, tanto de imóveis quanto de veículos, nesses casos, quando se avalia o crédito, é analisada a condição de investimento e pagamento das famílias”, afirmou.