Os preços e os prêmios de exportação do óleo de soja subiram no Brasil na última semana, impulsionados pela demanda firme, sobretudo de indústrias domésticas de biodiesel, aponta o Agrolink. Este cenário tem levado o mercado a absorver uma parcela significativa da produção nacional de óleo de soja, reduzindo assim o excedente exportável.
Segundo pesquisadores do Cepea, o aumento nos preços foi notável, com o derivado posto na região de São Paulo, com 12% de ICMS, fechando, por exemplo, no dia 18, no maior valor nominal desde 21 de março de 2023, a R$ 6.063,57 por tonelada. Este movimento reflete a robustez da demanda interna e a capacidade das indústrias de biodiesel em manter o consumo elevado.
De acordo com o USDA, a produção brasileira de óleo de soja deve atingir um recorde tanto na safra 2023/24 (de outubro/23 a setembro/24) quanto na temporada 2024/25 (de outubro/24 a setembro/25), ambas projetadas em 10,8 milhões de toneladas. Este aumento na produção reafirma a importância do Brasil como um dos principais produtores globais de óleo de soja, destacando o papel crucial das indústrias de biodiesel na sustentação dos preços internos.
A expectativa é que, com a continuidade da demanda firme, os preços do óleo de soja no mercado brasileiro mantenham-se elevados, beneficiando produtores e toda a cadeia produtiva envolvida.
EM MATO GROSSO – De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), na última semana, a cotação do farelo de soja em Chicago apresentou recuo de 8,62% em relação à semana anterior, ficando na média de US$ 337,73/t. Esse movimento está atrelado ao corte abaixo da expectativa do mercado para o estoque final de soja em grão nos Estados Unidos. Em relação a Mato Grosso, o farelo acompanhou o mercado internacional, exibindo queda de 2,30% ante a semana anterior, fechando com média de R$ 1.944,58/t.
Para o óleo de soja, as cotações na CME-Group (Bolsa de Chicago) recuaram 2,37% ante a semana anterior, ficando na média de US$ 46,38/Ibs, devido à preferência dos consumidores asiáticos para o óleo de palma, que no momento é mais competitivo que o da oleaginosa.
“Mato Grosso apresentou incremento de 3,12% no comparativo semanal ficando precificado na média de R$ 5.150,00/t na semana passada. Por fim, esse aumento foi pautado pela maior demanda interna para a produção de biodiesel, o que deu suporte para os preços”, explicam os analistas.