Dados divulgados ontem (05) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), por meio da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos aponta que o valor da cesta básica em todo o Brasil e a de Cuiabá aparece como a que mais encareceu em junho com uma alta de 7,54%. O valor passou de R$ 395,49 para R$ 425,32.
E com o acumulado do primeiro semestre do ano a inflação da cesta básica de Cuiabá chegou a 12,90%, a maior do país, seguida por Curitiba, com alta de 10%, ou seja o valor chegou a 48,46% do salário mínimo.
A cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 452,81), seguida de São Paulo (R$ 451,63), Rio de Janeiro (R$ 445,58) e Cuiabá (R$ 425,32). Os menores valores foram observados em Salvador (R$ 333) e Aracaju (R$ 349,55).
Em junho, houve elevação do valor do conjunto de alimentos essenciais em 15 capitais. As altas mais expressivas, além de Cuiabá, foram registradas em Recife (5,82%), Curitiba (3,84%), Belém (3,83%) e Porto Alegre (3,45%). As reduções ocorreram apenas em Campo Grande (-4,51%), Florianópolis (-3,70%), Belo Horizonte (-0,32%), Goiânia (-0,23%) e Rio de Janeiro (-0,10%).
Com base na cesta mais cara, que, em junho, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em junho de 2018, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.804,06, ou 3,99 vezes o salário mínimo nacional, de R$ 954. Em maio, tinha sido estimado em R$ 3.747,10, ou 3,93 vezes o piso mínimo do país. Em junho de 2017, o mínimo necessário era equivalente a R$ 3.727,19, ou 3,98 vezes o salário mínimo nacional daquele ano, correspondente a R$ 937.