Dados atualizados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) destacam que mais de 90% das áreas semeadas com o milho segunda safra estão dentro da “janela ideal de cultivo”, ou seja, foram semeadas no intervalo agronomicamente recomendado, com uma parcela significativa das lavouras se desenvolveu dentro de um regime ideal de chuvas. Em outras palavras, a afirmação aponta para um boa produtividade, o que pode trazer alívio ao saldo financeiro da safra 2023/24 aos produtores mato-grossenses.
Com o fim da semeadura de milho da safra 2023/24, em 22 de março no estado, o Imea projeta o desenvolvimento das lavouras no estado, já que a maior parte das lavouras de milho segunda safra passou da fase de pendoamento e florescimento na última sexta-feira (19). “É importante destacar que esses estágios fenológicos são importantes para a definição produtiva do cereal e necessitam de volumes de chuvas bem distribuídas para que atinjam o máximo do seu potencial produtivo”, explicam os analistas do Imea.
Ainda que haja uma boa sinalização de rendimento para a safrinha de milho, é essencial que os volumes de chuvas se mantenham presentes até o final de abril e início de maio para que beneficiem o restante das áreas. “De acordo com o NOAA, é aguardado que a maior parte de Mato Grosso receba um volume acumulado de chuvas de 0 a 35 mm, nas próximas duas semanas, ou seja, o momento ainda requer atenção e o produtor deve ficar alerta”.
PROJEÇÃO – De acordo com o Imea, a estimativa a área de milho em abril para a safra 2023/24 permaneceu em 6,94 milhões de hectares, 7,31% a menos que na safra 2022/23. Em relação à produtividade, o Instituto manteve a projeção em 103,86 sacas/hectares, retração de 11,08% ante a safra passada.
“Visto a finalização da semeadura no estado e com mais de 90% das áreas dentro da janela considerada ideal, em Mato Grosso, as condições climáticas serão fatores decisivos para o rendimento final da temporada”, pontuam os analistas.
Ainda segundo o Imea, 29 de março, as chuvas fizeram-se presentes na maior parte do estado e com volumes significativos para o desenvolvimento da lavouras, podendo assim garantir um desenvolvimento satisfatório. Sendo assim, com a manutenção da área em 6,94 milhões de hectares e uma produtividade de 103,86 sacas/hectare, é esperado que a produção final do ciclo fique em 43,28 milhões de toneladas, 17,58% menor que a safra 2022/23.