A primeira quinzena de dezembro foi marcada por chuvas irregulares e altas temperaturas que impactaram o progresso da semeadura e o desenvolvimento dos cultivos da primeira safra nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
É o que mostra o Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA) referente a esse período, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo apresenta a análise das condições agroclimáticas e de imagens de satélite dos cultivos de verão da safra 2023/2024.
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A presença de áreas com teores baixos, médios e elevados de umidade do solo resultou em condições distintas, que se apresentaram suficientes ou restritivas, dependendo da região, para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos da primeira safra. Entre as regiões analisadas, durante esse período, as maiores restrições foram observadas no Matopiba, Mato Grosso e em parte de Goiás e Minas Gerais.
Na região Sul, houve um grande volume de chuvas, principalmente no Oeste do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, bem como no Sudoeste do Paraná. É notável que os impactos decorrentes do excesso de chuvas afetaram principalmente a semeadura e o início do desenvolvimento dos cultivos da primeira safra.
Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste, Sul e Matopiba, a análise do Índice de Vegetação (IV) indicou impactos nos cultivos da primeira safra devido à irregularidade e má distribuição de chuvas, associadas às altas temperaturas ou ao excesso de chuvas. As melhores condições foram observadas no Oeste e Norte do Paraná, no Sudoeste de Mato Grosso do Sul e em parte do Sul Goiano.
Publicado mensalmente, o BMA é resultado da colaboração entre a Conab, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), além de agentes colaboradores que contribuem com dados coletados em campo. O Boletim está disponível na íntegra no site da Conab.