A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) disse que a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apresentou crescimento de 0,2% de abril para maio e alcançou 87,1 pontos em uma escala de zero a 200 pontos. Na comparação com maio do ano passado, o indicador avançou 12,1%.
Apesar das altas, o indicador ainda se situa abaixo do patamar positivo de confiança, acima dos 100 pontos. Segundo a CNC, isso demonstra a permanência da insatisfação das famílias com a crise econômica.
Na comparação com abril, quatro dos sete componentes do indicador tiveram alta, apesar da queda na média. As principais altas ficaram com o nível de consumo atual (1,6%) e a perspectiva de consumo (1,9%). Dos três componentes em queda, o maior recuo ficou com o momento adequado para a compra de bens duráveis (-2,5%).
Na comparação com maio de 2017, os sete componentes tiveram alta, com destaque para perspectiva de consumo (24,3%) e nível de consumo atual (23,3%).
“O desequilíbrio das finanças públicas, a baixa capacidade de recuperação econômico-financeira de alguns estados, a burocracia e o nível de juros reais continuam afetando investimentos e consumo privados”, disse o economista da CNC Antonio Everton Chaves Junior.
O Índice de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 4,1 pontos de abril para maio, ao passar de 96,7 para 92,6 pontos. Com o resultado, o indicador retornou ao mesmo patamar de novembro de 2017. Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 1 ponto depois de oito altas seguidas.
De abril para maio, a confiança recuou em 11 dos 13 segmentos pesquisados. O Índice de Situação Atual, que mede a avaliação dos empresários do comércio sobre o momento presente, caiu 4,7 pontos e chegou a 89,4 pontos, menor nível desde janeiro passado (88 pontos).
Já o Índice de Expectativas, que mede a avaliação dos empresários em relação ao futuro, caiu 3,2 pontos, para 96,2 pontos, menor valor desde setembro de 2017 (95,6 pontos).
De acordo com a FGV, a queda do indicador sinaliza que o setor já percebe uma desaceleração no ritmo do crescimento das vendas. “ A queda da percepção atual sugere que a recuperação das vendas deve continuar de forma gradual e sujeita a tropeços ao longo do ano”, disse o pesquisador da FGV Rodolpho Tobler.