Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), atualizados na última sexta-feira (16), mostram que a colheita da soja mato-grossense atingiu 65,07% das áreas previstas para a temporada, avanço de 13,58 pontos percentuais (p.p.) quando comparado com a semana passada. O ritmo nas lavouras está 5,05 p.p. acima do observado na safra passada. Essa evolução ainda reflete a antecipação inédita da colheita no estado, em quase um mês, tendo sido iniciada em meados de novembro. A forte onda de calor aliada à escassez das chuvas encurtou o ciclo das lavouras e propiciou a colheita precoce.
Ainda conforme o Imea, entre as regiões que mais avançaram nos trabalhos a campo, destacam-se a médio norte, oeste e norte. “Segundo as perspectivas de precipitação do NOAA o volume para as próximas semanas está entre 45mm e 65 mm, o que é um ponto de atenção, visto que pode dificultar a evolução dos trabalhos a campo no estado”.
O alerta de impedimentos na colheita traz preocupação em dobro, visto que o milho é a cultura de segunda safra mais plantada no estado e que vai sendo semeada na medida em que a soja vai sendo colhida. Qualquer atraso na condução das lavouras de soja, seja lá no plantio, quanto na colheita, encolhe a janela ideal do cereal. O milho demanda bastante chuvas para seu desenvolvimento. Em Mato Grosso, tradicionalmente, o período chuvoso tem corte em meados de março.
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O MILHO – A semeadura de milho em Mato Grosso chegou a 65,17% da área projetada, avanço semanal de 23,03 p.p. Esse incremento no comparativo semanal foi pautado pelo progresso da colheita da soja que possibilitou o avanço dos trabalhos a campo do milho. Assim, a semeadura nesta temporada está à frente da safra passada e da média dos últimos cinco anos, em 14,88 p.p. e 6,77 p.p., respectivamente.
PLUMA – Em Mato Grosso, a semeadura do algodão da safra 2023/24 atingiu 99,97%, com avanço semanal de 1,10 p.p. “Cabe destacar que é sazonalmente comum que os trabalhos à campo desaceleram à medida em que se aproximam do fim, tendo em vista a qualidade menor dos últimos talhões a serem semeados”, apontam os analistas do Imea.