O custo de produção da pecuária subiu em Mato Grosso em 2021 em relação a 2020. A majoração foi registrada em todas as etapas da atividade, com elevação de até 38% no ciclo de recria-engorda, por exemplo, conforme o observado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Em 2021, a etapa mais onerosa ao criador foi a da cria, custando em média R$ 289,12 por arroba (@).
No entanto, o custo de produção do ciclo completo apresentou avanço de 0,59% ante o 3º trimestre e fechou na média de R$ 249,00/@. Por fim, ao analisar o comparativo anual, houve um aumento de 16,91% do custo no sistema de cria, 38,17% no de recria-engorda, e de 19,96% no ciclo completo, ante a 2020.
Apesar do aumento nos custos de produção dos sistemas de cria e recria-engorda nos primeiros trimestres de 2021, no 4° trimestre do ano passado (que se refere ao fechamento do ano), houve uma queda de 0,68% e 0,40%, respectivamente, ante o 3º trimestre. “Desse modo, os indicadores ficaram na média de R$ 289,12/@ e R$ 273,83/@, na mesma ordem. Esse cenário foi pautado no recuo das cotações dos animais de reposição, como o touro e o boi magro”, explicam os analistas.
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DIFERENCIAL DE BASE – As praças paulista e mato-grossense apresentaram valorizações de 7,93% e 6,62%, respectivamente, nas cotações de dezembro de 2021 ante a novembro de 2021. Com a arroba cotada a R$ 323,32 em São Paulo e R$ 292,40 em Mato Grosso, ambas livres de impostos, o diferencial de base se alongou em 1,11 pontos percentuais (p.p.) entre elas.
No movimento sazonal de final de ano, a demanda interna aumentou em ambos os estados, estimulando a saída de estoque nas gôndolas. Além disso, dentro da porteira os produtores continuaram a retenção de gado que, aliada à volta da China na primeira quinzena de dezembro, impulsionou um aumento nos preços. “De modo geral, no fechamento de 2021 a arroba de Mato Grosso se aproximou ainda mais da paulista no comparativo com o cenário de 2020, registrando um encurtamento de 4,83 p.p. no diferencial de base. Com isso, o indicador passou da média de -10,68% para -5,85% em 2021”, completam os analistas do Imea.
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