Com o retorno da China ao mercado de carne bovina no Brasil, os resultados demonstram como o poder de compra dos chineses faz a diferença. Ao atender às exigências do cliente chinês, o frigorífico que exporta a carne bovina tem maior remuneração e consequentemente, melhora toda a cadeia remunerando o pecuarista por um produto de qualidade. Dependendo da praça de comercialização, o prêmio – o valor a mais pago pela China – pode chegar a R$ 25 por arroba de carne bovina in natura.
O padrão do chamado “boi China” – animais com até 30 meses e com média de peso em torno de 21 arrobas – movimenta a cadeia da pecuária em busca de melhor rentabilidade. Em São Paulo, de acordo com a gestora da Stonex, Marianne Tufani, o prêmio hoje vai de R$ 20 a R$ 25, considerando a oferta do produto.
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Em Mato Grosso, segundo o gestor do pool de compra e venda da Nutripura, Neto Emiliani, a diferença de preços do “boi China” em relação ao boi normal atualmente é de R$ 10. No entanto, só consegue a premiação quem faz a “lição de casa” da porteira pra dentro. Para atingir este padrão, o pecuarista tem que acelerar a produção e obter um animal mais pesado em menos tempo. O pecuarista mato-grossense faz isso por meio de manejo de pastagem, forragem, engorda a pasto, ou confinando o ano todo para ter um peso bom para o abate. O investimento tem retorno no mercado. São R$ 210,00 por um animal de 21 arrobas” ressalta Emiliani.
As exportações em janeiro deste ano são o melhor exemplo da rentabilidade do setor com a produção focada na China. Os chineses mais do que triplicaram o volume de aquisições para repor os estoques no país.
Mato Grosso, segundo o levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), com base nos números da Secex, enviou para o mercado chinês 7,30 mil toneladas, 376,75% a mais do que dezembro. Em comparação com janeiro 2021, o volume foi menor, mas já marcou o retorno dos chineses ao mercado. No mês passado, as exportações de carne bovina in natura do Estado totalizaram 33,55 mil toneladas.
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