Mato Grosso já exportou mais de 10,41 milhões de toneladas (t) de milho em 2022, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), analisados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O saldo acumulado de na temporada atual, de julho a setembro, revela um incremento de 45,38% em relação aos volumes embarcados em relação ao mesmo momento do ano passado.
Conforme o Imea, a demanda mundial aquecida pelo milho pauta aumento nas exportações do cereal de Mato Grosso, especialmente no mês de setembro. “Os dados divulgados pela Secex indicaram um volume exportado de 2,77 milhões t de milho de Mato Grosso durante o mês de setembro, aumento de 38,06% ante a setembro do ano passado. Com isso, o volume acumulado até o momento da temporada (jul. a set.) foi de 10,41 milhões de t, 45,38% a mais em relação ao mesmo período de 2021”.
Os principais países que pautaram esse aumento na demanda externa pelo cereal mato-grossense foram o Irã, a Espanha, a Colômbia e o Egito, com 14,99%, 12,47%, 10,17% e 8,30% em participações, respectivamente. A Colômbia demandou 1,05 milhão de t, alta de 124,35%, e subiu de 4º para 3º maior demandante. Já o Egito importou 864,38 mil t, adição de 108,96%, passando de 5º para 4º colocado. Quem perdeu espaço nos envios foi o Japão, que apesar da alta de 1,68%, passou de 3º para 5º colocado.
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Durante o último mês de setembro, as vendas do milho, em Mato Grosso, atingiram 78,48% das 43,84 milhões t da produção estimada para a safra 2021/22, o que representa um avanço mensal de 4,82 p.p. “Os melhores patamares de preços observados no Estado no último mês, a necessidade de escoar a produção recorde e a maior demanda do cereal para a exportação no período em decorrência da guerra na Ucrânia, estimularam o produtor de Mato Grosso a travar novos negócios. Contudo, apesar do bom avanço, as vendas da atual safra se encontram 10,73 p.p. atrasadas em relação ao mesmo período da safra passada. No que tange aos preços, a média comercializada em setembro foi de R$ 66,03/sc no Estado, o que representa um aumento de 3,50% em relação ao mês anterior, reflexo do incremento de 7,48% na cotação do contrato corrente do milho em Chicago e a valorização do real frente ao dólar”.
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