O presidente da Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (Amport), Flávio Acatauassú, falou sobre a importância da Ferrogão para o escoamento de grãos nas regiões Norte e Centro-Oeste do país em audiência pública, no Senado Federal.
Em sua apresentação, o executivo falou sobre os custos logísticos envolvidos no transporte de cargas do paíse os custos da não implementação da Ferrogrão. Ao responder aos questionamentos, explicou que a via rodoviária (BR 163) está com sua capacidade comprometida para atender à crescente demanda de escoamento de grãos na região. “A Ferrogrão terá o mesmo traçado da BR 163. Não irá concorrer com a rodovia, mas sim complementar sua capacidade de transporte, juntando-se aos modais rodoviário e hidroviário, atuando em conjunto para oxigenar os Portos”, detalhou.
A Ferrogrão está projetada para interligar os Portos de Mirituba, no Pará, ao município de Sinop, no Mato Grosso. A obra terá função estruturante importante para o escoamento da produção de milho, soja, algodão, açúcar e etanol, assim como para movimentação de combustíveis, fertilizantes e produtos manufaturados na Zona Franca de Manaus, dentre muitos outros.
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Flávio também destacou os ganhos socioambientais que a ferrovia trará para o país. “A Ferrogrão será fundamental para que possamos fazer esse transporte com sustentabilidade, segurança e menor impacto ambiental. O modal ferroviário possibilita desenvolvimento com sustentabilidade, pois há menos emissão de poluentes para o meio ambiente com menor queima de combustível. Com a implementação da Ferrogão, teremos uma mitigação inicial de 50% dos problemas ambientais na região provocados pelas chamadas “espinhas de peixe”, rodovias vicinais transversais a BR, somado a redução do número de acidentes na via”, disse.
Além disso, Flávio também destacou outros ganhos logísticos para o país com a implementação da Ferrogrão. “Projetamos para 2023 que os portos do Arco Amazônico movimentarão 30% a mais do que em 2022. A tendência é de crescimento contínuo. Hoje temos uma capacidade instalada de 58 milhões de toneladas e temos projeções de expansão de mais de 42 milhões de toneladas nos próximos 15 anos. Somente a ferrovia poderá transportar essa demanda com custos competitivos, promovendo geração de impostos, empregos e consequentemente a elevação da qualidade de vida e o IDH da região”, explicou.