O Governo de Mato Grosso está lançando o “Diagnóstico da Cadeia Agroindustrial do Café no Estado de Mato Grosso” que faz parte do Programa MT Produtivo.
Esse programa foi criado com a finalidade de promover a revitalização e expansão da cultura em Mato Grosso.
O Diagnóstico traz à tona as condições de produção e o nível de tecnologia aplicado pelos componentes da cadeia do café nas etapas de produção e comercialização. As informações também estarão à disposição de instituições públicas e privadas que lidam com ações de incentivo ao setor.
A amostragem foi realizada em 146 propriedades e 16 empresas comercializadoras – cerealistas e indústrias de torrefação, localizadas nos municípios de Alta Floresta, Aripuanã, Carlinda, Colniza, Cotriguaçu, Juína, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde, Tangará da Serra e Rondolândia.
O Brasil é o principal produtor e o segundo maior consumidor de café do mundo. Segundo o acompanhamento da safra brasileira de café, consolidado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em maio deste ano, a estimativa é de que a área em produção de café (conilon e arábica) seja de 1,84 milhão de hectares e de que tenham sido colhidas 50,92 milhões de sacas beneficiadas de 60 kg.
Grande parte da produção brasileira é exportada para outros países contribuindo para o superávit da balança comercial. Em Mato Grosso, a estimativa é de que a área total de café atinja 11,2 mil hectares, com 8,4 mil hectares em produção, e um volume final projetado em 118,8 mil sacas produzidas.
Em Mato Grosso, apesar da ausência de uma produção tecnificada e do enfrentamento de uma série de variáveis que faz frente ao avanço dos agricultores familiares, a cafeicultura ainda desponta como uma significativa fonte de renda. Segundo o Diagnóstico, a produção familiar está sustentada pela tríade café, pecuária de corte e leite.
O café aparece como a principal fonte de receita para 59,6% das propriedades pesquisadas, seguido da pecuária de corte, com 17,1%, e do leite, com 14,4%. A análise do desempenho econômico sobre duas propriedades, tendo cada uma delas cinco hectares de café, indicou boa rentabilidade do produto, proporcionando um lucro líquido mensal de R$ 3.029,06 em uma delas, e R$ 3.232,75 em outra. Os detalhes podem ser conferidos no documento.
A atividade se tornou uma importante opção para a diversificação da produção familiar, contribuindo de forma significativa para a geração de emprego e renda. A produção de café em Mato Grosso é desenvolvida basicamente pela mão de obra familiar, com picos de contratação no período de colheita da safra, quando são abertos novos postos de trabalho.
O diagnóstico traz diretrizes para a organização da cadeia do café em Mato Grosso e tem, neste processo, parceiros fundamentais como a Empaer, prefeituras municipais, consórcios intermunicipais, a Embrapa Rondônia – responsável por coordenar a elaboração do documento, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as organizações dos cafeicultores, agentes financeiros, terceiro setor e o ramo de comercialização do café. O estabelecimento de ações conjuntas entre os segmentos ligados à cafeicultura é de suma importância para a garantia de competitividade ao grão produzido no Estado.