O site Mato Grosso Econômico traz para você um levantamento feito pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) que as vendas no varejo registraram queda real de 10,9% em abril na comparação com o mesmo mês de 2015.
Segundo o IDV que reúne alguns dos maiores grupos varejistas do Brasil, este é o pior desempenho para o mês desde o início das medições, em 2007.
O instituto ponderou em nota que o resultado foi afetado pela deterioração do cenário macroeconômico, mas destacou que um efeito de calendário contribuiu para a queda. As vendas de Páscoa foram contabilizadas em sua maior parte no mês de março este ano, enquanto elas haviam ocorrido em abril no ano passado.
Antecedente de Vendas (IAV), medido pela entidade com base nas expectativas dos varejistas. O indicador aponta para queda real de 7,7% em maio e de 6,5% em junho na comparação com iguais meses do ano anterior. Para julho, o setor acredita em alta de 0,5% nas vendas.
Em abril, o pior resultado foi o do setor de não duráveis, justamente o mais afetado pelo efeito de calendário. As vendas nesse segmento, que inclui supermercados, comida pronta e perfumaria, recuaram 12,4% em abril na comparação anual. Para os próximos meses, a projeção do IDV é de queda de 10,5% em maio e 8,8% em junho. Já em julho há projeção de alta de 0,9%.
Para o setor de semiduráveis, que inclui itens de vestuário, a queda em abril foi de 5,6% ante mesmo mês de 2015 em termos reais. Os varejistas esperam novos recuos de 4,7% em maio, 3,3% em junho e 2,6% em julho.
No segmento de bens duráveis, a queda em abril foi de 11,9% em termos reais na comparação anual. A projeção para os próximos meses é de queda de 4,4% em maio e junho e de crescimento de 1 9% em julho.
O IDV representa 69 empresas varejistas de diferentes setores. Entre os associados estão grandes redes como Carrefour, Grupo Pão de Açúcar (GPA), Cia. Hering, Magazine Luiza, Renner e Riachuelo.