A mato-grossense Agro Amazônia, líder brasileira em insumos agropecuários, firmou parceria estratégica com a GDM, considerada uma das principais empresas de genética vegetal do planeta para lançar ao mercado uma marca própria de sementes de soja. O objetivo é o de oferecer tecnologia que promova aumento da produtividade nas lavouras.
As duas companhias lançaram a Dagma visando se tornar uma das maiores marcas de sementes de soja do país. Com essa junção, a expectativa é de negociar mais de 300 mil sacas de sementes junto aos produtores do setor até o fim de 2022.
O objetivo da Dagma é trazer produtos capazes de gerar maior rentabilidade aos agricultores brasileiros. Para isso, as duas empresas uniram suas principais características como forma de ampliar os negócios. A Agro Amazônia entra com a sua capacidade de suporte técnico e uma cobertura junto aos produtores com a sua capilaridade na rede de distribuição.
Já a GDM participa dessa parceria com o seu conhecimento em pesquisa em genética, que a tornou uma líder mundial no seu ramo. A parceria, no entanto, está sujeita a uma aprovação regulatória, submetida ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Com a união, as companhias entram em um mercado em franca expansão e reflete diretamente na safra brasileira 2021/22. A estimativa é de que sejam colhidas 140,75 milhões de toneladas de soja no período. Essa quantidade pode significar um novo recorde para a cultura no Brasil, segundo o primeiro levantamento do Boletim de Grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) relacionado ao período.
“A Dagma traz uma união de know how que se complementam. A Agro Amazônia tem um conhecimento regional da soja desde quando começou a ser plantada na região Centro-Oeste. A partir daí, começamos a agregar conhecimentos através de gerações sempre com respeito à legislação e ao cliente para perpetuar o uso da terra com sustentabilidade. Assim é possível por meio das sementes otimizar a utilização das áreas plantadas”, explica Luís Diniz, diretor de Marketing da Agro Amazônia.
O gerente de Marketing da GDM no Brasil, Ricardo Franconere, destaca que a empresa contribui na parceria através de uma genética de soja de alta performance. “Temos profundo conhecimento em sementes e a Dagma vem para contribuir com o negócio do agricultor brasileiro e fazer a diferença nas lavouras. Houve muito foco em uma cultura enraizada nos produtores em buscar soluções de maior sustentabilidade e que proporcionem melhores resultados”, afirma.
MERCADO DE SEMENTES – O lançamento da Dagma ocorre após três anos de trabalho desenvolvido pelas empresas, desde o planejamento até o anúncio oficial. A nova marca chega com a expectativa de conquistar 10% de participação no mercado de sementes de soja do Brasil.
Para disputar espaço neste concorrido mercado, a Dagma inicia com uma linha de cinco variedades, das quais uma é de ciclo precoce, três médios e uma de ciclo tardio. Outro fator importante é que a marca terá, já em seu primeiro ano, materiais Intacta, Intacta 2 e Conkesta que são as mais modernas plataformas biotecnológicas do mercado. “Isso mostra também que a Dagma está comprometida em levar para o campo as soluções mais modernas, com a tecnologia que o agricultor precisa.”
Já o acesso ao mercado será realizado diretamente ao agricultor por meio da rede de distribuição da Agro Amazônia, antecipa Diniz. “Esse trabalho ocorrerá diretamente ao agricultor por meio da nossa capilaridade no Cerrado”, ressalta. Ele espera ultrapassar, futuramente, 70% do volume de sementes licenciadas comercializado pela empresa somente com a marca Dagma.
Cada uma das empresas conta com participação de 50% na DAGMA, cuja marca surgiu com a combinação de um acrônimo formado pelas iniciais da Agro Amazônia e da GDM. Além disso, tem o significado de “dias de glória” por meio das palavras sueca “dag” (dia) e alemã “mar” (glória).
A Agro Amazônia foi fundada há 38 anos na cidade de Cuiabá (MT). Atualmente está entre os principais players do agronegócio brasileiro, com matriz e 42 filiais em sete estados, com presença em todo Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Pará, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Maranhão.