Dados preliminares do Censo de Confinamento, um mapeamento robusto elaborado pelo Serviço de Informação ao Mercado (SIM) da dms-firmenich, anunciou dados relevantes em duas frentes no setor de confinamento de bovinos de corte de quase 7 milhões de animais e Mato Grosso liderando o ranking. Um deles refere-se aos da empresa, e o outro é o resultado do Tour de Confinamento do ano passado, em que a equipe técnica da companhia e os especialistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP) analisam, respectivamente, os resultados zootécnicos e financeiros da aplicação das tecnologias da empresa no confinamento.
O Censo de Confinamento projeta um volume de 6,99 milhões de bovinos confinados esse ano, o que representa uma leve queda de 0,5% sobre os 7,02 milhões mapeados no ano passado. Porém, embora esse volume possa ser enxergado como estável do ano passado para esse, é importante reforçar que o sistema intensivo da pecuária de corte vem crescendo ao longo dos anos, chegando esse ano a um rebanho 47% superior ao número registrado em 2015, quando a empresa começou a realizar esse mapeamento e contabilizou 4,75 milhões de bovinos confinados. “O histórico de crescimento do volume de bovinos terminados em um sistema de produção intensivo mostra um movimento robusto em direção ao aumento da produtividade. E isso, invariavelmente, passa também pela adoção de tecnologias de nutrição que ajudam a impulsionar os resultados zootécnicos e de rentabilidade”, comenta Sergio Schuler, vice-presidente do negócio de ruminantes da dsm-firmenich para a América Latina.
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Nesse ano, os cinco estados com maior volume de bovinos confinados são, respectivamente, Mato Grosso, com 1,42 animais (estável sobre 2022), São Paulo, com 1,28 milhão de animais (alta de 4%), Goiás, com 1,09 milhão de animais (queda de 3%), Minas Gerais, com 816,98 mil animais (alta de 6%) e Mato Grosso do Sul, com 775,55 mil animais (queda de 6%). “Até o momento, percebemos alta do confinamento em alguns estados tradicionais da pecuária, mas queda em outras regiões. Nesse aspecto, o mapeamento desse rebanho nos ajuda a identificar as tendências do confinamento e conhecer as particularidades regionais do sistema, cuja alta ou estabilidade pode estar relacionada a vários fatores que influenciam na atividade”, comenta Hugo Cunha, gerente técnico de Confinamento da dsm-firmenich para a América Latina. Ele lembra ainda que em qualquer cenário, porém, a aplicação de tecnologia que ajudam a aumentar os índices produtivos da pecuária são economicamente viáveis e fundamentais para melhorar a atividade em vários aspectos.