A diversificação da pauta de exportações de Mato Grosso registrou um marco consolidando a vocação local em valorizar matérias-primas a partir do beneficiamento. O DDG (Distillers Dried Grains) completou um ano sendo exportado pelo Estado. A commodity é co-produto do processo de fermentação de grãos, como o milho, utilizado para a produção de etanol. Somente em relação ao cereal, por exemplo, Mato Grosso é o maior produtor nacional de milho e também o maior produtor do biocombustível a partir do milho.
Dados divulgados pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) mostram que as exportações de DDG neste mês apresentaram um “crescimento notável” de 59,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Conforme o CIN, no acumulado de 2022, as exportações desse produto totalizaram US$ 80,6 milhões, enquanto em 2023 já alcançaram a marca de US$ 64,3 milhões. “Esses números evidenciam a consolidação do DDG como um item importante da pauta exportadora de Mato Grosso. O crescimento substancial nas exportações ao longo de um ano demonstra o sucesso dessa atividade e o aumento da demanda global por esse produto. O desempenho positivo do DDG na economia regional contribui para o fortalecimento do setor agrícola, a diversificação das exportações e a geração de receita para o Estado”, pontuam os analistas do CIN.
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O PRODUTO – O DDG (Dry Distillers Grain ou Grãos Secos de Destilaria) e WDG (Wet Distillers Grain ou Grãos Úmidos de Destilaria) são tipos de co-produtos do processo de fermentação de grãos, como o milho, para a produção de etanol. Nesse processo de industrialização, é feita a remoção do amido de milho e o que sobra apresenta cerca de 30% de proteína bruta. Pelo alto teor proteico é utilizado como alimento na criação de animais.
A PAUTA – Ainda conforme dados do Boletim do CIN, o comércio exterior mato-grossense enfrentou desaceleração em maio de 2023. Em comparação com o mesmo período do ano passado, as exportações e importações sofreram uma redução considerável de 9,83% e 60,63%, respectivamente. “O setor de proteína animal continua a se destacar como uma área de grande relevância para o comércio exterior de Mato Grosso. A carne suína, por exemplo, registrou aumento significativo em sua participação na pauta de exportações do Estado, totalizando US$ 4.353 mil enviados para os mercados internacionais. Essa cifra representa um crescimento expressivo de 63,22% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esses números indicam um desempenho notável da indústria de proteína animal, evidenciando a sua capacidade de expansão e suportando o aumento da demanda global por esse produto específico”