Os produtores rurais de Mato Grosso precisam atualizar o estoque de rebanho bovino junto ao Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea/MT), até o dia 31 de maio. Esse procedimento é obrigatório e substitui a vacinação contra a febre aftosa, que não é mais necessária em 2023, após 40 anos de imunização.
Além do número de bois, os produtores rurais de outras dez espécies (búfalos, cabras, ovelhas, suínos, cavalos, jumentos, mulas, galinhas, abelhas e peixes) também precisam fazer a comunicação da quantidade de animais na sua propriedade junto ao Indea.
A partir da próxima segunda-feira (8), o produtor rural que não fizer a comunicação não conseguirá emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA), sendo impedida a comercialização dos animais, exceto se for para abate. Também existe a previsão de outras penalidades, como aplicação de multas para aqueles que não realizarem a comunicação dentro do prazo.
É possível ir pessoalmente ao escritório do Indea mais próximo e realizar a atualização do rebanho e dos dados cadastrais. O produtor rural pode também optar em fazer a comunicação de estoque pela internet, no módulo do produtor.
O Termo de Compromisso de Utilização do Sistema Integrado de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso, via módulo do produtor que está disponível no site do Indea. O termo deve ser levado ao Indea para obter o login e senha de acesso.
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AFTOSA – Começou no último dia 1º, a primeira etapa da campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa de 2023, conforme noticiado ontem pelo MT Econômico. A campanha segue até o dia 31 de maio e cerca de 73 milhões de bovinos e bubalinos de todas as idades deverão ser vacinados. Mato Grosso, detentor do maior rebanho bovino nacional, e mais seis estados não vacinarão mais seus animais nesta etapa, conforme a Portaria nº 574, publicada no dia 3 de abril.
Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal – pertencentes ao Bloco IV do Plano Estratégico 2017-2026, do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE-PNEFA), estão desobrigados a vacinar. A ação faz parte da evolução do projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país, previstas no PE-PNEFA.
Essas sete unidades Federativas, que não precisarão mais vacinar seu rebanho bovino e bubalino contra a febre aftosa, somam aproximadamente 113 milhões de cabeças, representando cerca de 48% do rebanho total do País.