Nos últimos dias, as cotações do milho vêm apresentando comportamentos distintos nas regiões brasileiras pesquisadas pelo Indicador de Preços Agrícolas da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), porém, de um modo geral, em julho, a maioria das praças registrou queda no acumulado do mês.
Em Mato Grosso – maior produtor nacional do milho – o valor da saca gira em torno dos R$ 65 e a desvalorização mensal em Sapezal é de 1,54%. Enquanto isso, Mato Grosso do Sul registra as maiores quedas mensais, passando dos 9% em Chapadão do Sul.
No Paraná, a queda mensal mais expressiva é verificada em Cascavel, de 4,82%. Por lá, o valor da saca é de R$ 79. Em Minas Gerais, o maior recuo mensal ocorre em Paracatú e ultrapassa os 7%, fazendo a cotação da saca aparecer em R$ 71. Por outro lado, na região de Patos de Minas e Uberlância, há uma leve alta no acumulado dos últimos 30 dias.
No oeste da Bahia, o preço caiu 1,74% em julho e a saca pode ser encontrada por R$ 70,50, considerando a região de Luís Eduardo Magalhães. O Rio Grande do Sul é o único estado que não observa desvalorização em nenhuma região.
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Após as quedas recentes, neste início de mês o produto buscou alguma recuperação ancorado no mercado internacional que seguiu firme e à oferta e demanda pelo produto brasileiro. Em Campinas, interior de São Paulo, o valor do grão começou o mês em alta de 1,20%, mas que não foi suficiente para eliminar a queda mensal. O valor da saca na região é de R$ 84.
Recentemente, José Renato da Silva, sócio da corretora Nacional, ressaltou que as exportações começariam a despontar a partir de julho, e que, no mercado interno, os compradores haviam se distanciado do mercado que voltada a buscar ritmo. “Nos meses de agosto e setembro, a sensação costuma ser de tradings mais agressivas refletindo em bons volumes exportados”.
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