O prefeito do Rio de Janeiro (RJ), Eduardo Paes (PMDB), virá a Cuiabá para o ato de instalação da Frente Parlamentar em prol da Retomada e Conclusão das Obras do Veículo Leve Sobre Trilho (VLT) na capital e em Várzea Grande. O evento será no dia 11 de dezembro, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Eduardo Paes esteve reunido com o coordenador-geral da frente parlamentar, o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), na capital fluminense, na semana passada. Na ocasião, o peemedebista defendeu o modelo sobre trilhos.
“As pessoas precisam repensar o futuro da cidade. O VLT é um legado em mobilidade e requalificação urbana”, disse o prefeito. Ele destacou a importância do investimento privado na execução das obras, no caso carioca, a parceria público-privada (PPP). O VLT do Rio conta com 85% das obras concluídas.
Emanuel Pinheiro afirmou que foi ao Rio de Janeiro verificar as peculiaridades do VLT carioca, que tem semelhanças ao da Região Metropolitana de Cuiabá, e buscar respaldo político, técnico, urbanístico, econômico-financeiro e social para subsidiar o movimento pela retomada e conclusão das obras.
"Estamos bastante honrados com o apoio do prefeito Eduardo Paes. Isso mostra que estamos no rumo certo. A parceria estimula ainda mais nossa frente de trabalho. Vamos construir uma ponte Rio-Cuiabá em prol da retomada imediata das obras do VLT. Esse apoio político representa o que há de melhor em termos de moralidade política", afirmou o deputado.
A frente parlamentar pelo VLT é composta pelos membros titulares Emanuel Pinheiro (PR), Silvano Amaral (PMDB), Max Russi (PSB), Janaina Riva (PSD) e Pedro Satélite (PSD). Os suplentes são Mauro Savi (PR), Gilmar Fabris (PSD), Romoaldo Junior (PMDB), Dilmar Dal Bosco (DEM) e Oscar Bezerra (PSB).
Vistoria
Após apresentação do projeto do VLT carioca feito pela equipe técnica, o coordenador-geral, acompanhado do diretor presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano, Alberto Gomes Silva, vistoriaram as instalações do Centro de Operações e Manutenção, localizado na região portuária do Rio de Janeiro. Em seguida, conferiram o protótipo do modal, na Praça Mauá.
O VLT carioca é formado pelo consórcio que conta com a união das empresas CR Almeida (também presente no Consórcio de Cuiabá), Odebrecht, Riopar e Invepar. O custo total é de R$ 1,1 bilhão, sendo R$ 600 milhões da iniciativa privada e R$ 500 milhões da União.
VLT de Cuiabá
As obras do VLT de Cuiabá e Várzea Grande deveriam ter sido entregues para a Copa 2014, mas não ficaram prontas até hoje. Elas estão paralisadas desde o fim do ano passado devido ao impasse entre governo e o Consórcio VLT Cuiabá. O estudo da consultoria KPMG definirá se as obras serão retomadas ou não, e qual o modelo mais adequado. A PPP está entre as opções.
As duas linhas do VLT, Aeroporto-CPA e Coxipó-Centro, foram licitadas no Regime Diferenciado de Contratação (RDC) em 2012, ao custo de R$ 1,47 bilhão, dos quais R$ 1,066 bilhão já foram pagos. Porém, para concluir a obra, o consorcio VLT Cuiabá reivindicava o valor de R$ 400 milhões além do contratado.