Uma notícia não muito boa para os brasileiros. O preço do feijão deve se manter em alta até o final do ano, conforme previsão do técnico de planejamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), João Ruas.
Ele explica que o feijão tem uma oscilação muito forte, por ser uma cultura de risco extremo e que hoje mais que o preço, o produtor avalia clima, custos entre outras coisas.
Atualmente o país produz três variedades: carioca, caupi e preto e só o preto tem como estocar por até 1 ano e meio, os outros não.
O feijão carioca é o mais caro e tem acumulado alta de 89% entre janeiro e junho, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O presidente do Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe), Marcelo Eduardo Lüders, afirma que a terceira safra da leguminosa, plantada e colhida entre julho, agosto e setembro, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país, terá uma produtividade menor e não vai resolver o problema de desabastecimento do grão.
Até a própria Conab, o órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento reduziu a estimativa de área de 665,9 mil hectares para 577,5 mil ha. A produção estimada caiu 22,7% entre os relatórios, para 674,9 mil toneladas.