Mato Grosso está entre os estados que fecharam o trimestre com saldo positivo na produção industrial. De janeiro a março teve acúmulo de 0,4%, revertendo a queda registrada no último trimestre de 2016 (-8,2%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. O Estado está entre os 12 que apresentaram expansão.
Conforme os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional divulgada pelo IBGE, o acumulado de janeiro-março de 2017, frente a igual período do ano anterior, teve avanços mais acentuados foram assinalados por Goiás (6,6%), Santa Catarina (5,2%), Rio de Janeiro (4,8%), Paraná (4,6%), Pernambuco (4,2%), Espírito Santo (4,0%) e Minas Gerais (3,6%). Rio Grande do Sul (1,9%), Amazonas (1,3%), Pará (0,6%), Mato Grosso (0,4%) e São Paulo (0,1%) completaram o conjunto de locais com resultados positivos no fechamento do primeiro trimestre do ano.
Por outro lado, Bahia (-8,3%) apontou o recuo mais elevado no índice acumulado no ano, pressionado, principalmente, pelo comportamento negativo vindo dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, óleos combustíveis e naftas para petroquímica) e de metalurgia (barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre).
No caso de Mato Grosso, a produção industrial em Mato Grosso apontou variação negativa de 0,3% no índice mensal de março de 2017, segunda taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto. A maior parte (4) dos seis setores investigados mostrando queda na produção.
Os impactos negativos foram registrados pelos setores de bebidas (-15,9%), de outros produtos químicos (-27,4%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-37,3%) e de produtos alimentícios (-0,7%), pressionados, sobretudo, pela menor fabricação de cervejas e chope, no primeiro, de adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), no segundo, de álcool etílico, no terceiro e de carnes de bovinos congeladas e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, no último. Por outro lado, a atividade de produtos de madeira (36,6%) apontou a contribuição positiva mais relevante sobre o total da indústria, impulsionada, em grande parte, pela maior fabricação de madeira serrada, aplainada ou polida.
No índice acumulado do primeiro trimestre de 2017, os principais impactos positivos foram assinalados pelos setores de produtos de madeira (17,8%) e de produtos alimentícios (1,2%).