O programa pioneiro de intensificação da produção de bezerros já atendeu 360 propriedades nas regiões do Araguaia e do Pantanal de Mato Grosso. Com a implementação de assistência técnica pecuária e ambiental, o programa busca melhorar os resultados do segmento de cria nos aspectos econômicos, ambientais e sociais.
O programa de Produção Sustentável de Bezerros é implementado pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) nos municípios de Gaúcha do Norte, Paranatinga, Ribeirão Cascalheira e Poxoréu, que compõem a região do Vale do Araguaia, além de Cáceres, na região do Pantanal.
No mês de dezembro, o programa passou por uma avaliação, considerando tudo o que foi executado desde 2019, quando de sua implementação, e os resultados são positivos, segundo o coordenador do programa, Amado de Oliveira.
Segundo ele, o trabalho tem conseguido atender aos objetivos de recuperar as condições ambientais e do solo e, por consequência, melhorar a qualidade dos animais produzidos, além de aumentar a produtividade dentro das propriedades.
“Nós conseguimos implementar assistência técnica e ambiental, dentre outras atividades, em 360 propriedades, majoritariamente de pequeno e médio portes. Nessas propriedades nós implementamos 906 ações de assistência técnica produtiva com consultores de elevada experiência e capacidade técnica, levando informações para o produtor intensificar a produção de bezerros, com sustentabilidade“, explicou.
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Já na área ambiental, foram 406 assistências técnicas além das análises de solo, como um primeiro passo para a formação, reforma ou recuperação das pastagens, já que o procedimento permite identificar a melhor forma de corrigir as deficiências nutricionais encontradas em cada tipo de solo.
“Para que pudéssemos iniciar já a recuperação de pastagens, fizemos 700 análises de solo nas propriedades em que nós atuamos, no Araguaia e no Pantanal. Além disso, também criamos 73 grupos operacionais, que são reuniões nas quais a gente busca levar informações técnicas científicas para o produtor“, afirmou Amado de Oliveira.
Para ele, os números revelam o sucesso do programa, que vai contribuir para melhorar ainda mais a qualidade da carne bovina produzida em Mato Grosso. A expectativa é que o programa possa retornar com suas ações já no mês de fevereiro.
“Nós encerramos o ano e um ciclo que se iniciou em 2019, quando nós passamos pela severa pandemia do coronavírus, mas sobrevivemos a isso e estamos entregando um relatório para os financiadores dando conta de que o que nós contratamos foi executado. E certamente daqui até o mês de fevereiro nós retornaremos com esse programa buscando ampliar para novos municípios”, finalizou o coordenador Amado de Oliveira.