Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços apontam que as exportações de Mato Grosso registram em outubro receita de US$ 525,34 milhões, o pior saldo mensal do segmento em 2016 e também o menor faturamento para o mês de outubro dos últimos 11 anos.
Em relação a setembro, a receita de outubro também foi menor, queda de 34%. O ‘esfriamento’ dos embarques é um movimento esperado para o último trimestre do ano, momento em que a maior parte da safra agrícola foi escoada/exportada, restando poucos volumes para serem movimentados nos últimos meses do ano e a maior parte desse estoque acaba sendo consumida no mercado interno.
A soja em grão, por exemplo, que é a principal commodity, chegou em outubro com cerca de 96% da produção de 27,81 milhões de toneladas comercializada.
Mesmo com a perda de fôlego na comparação mensal, no acumulado de janeiro a outubro o desempenho do comércio exterior mato-grossense segue positivo em relação ao registrado em igual intervalo de 2015.
O milho segue 2016 como a commodity mais valorizada do ano. Na comparação dos últimos 10 meses, o faturamento cresceu 43,63%, ao passar de US$ 1,49 bilhão no acumulado de janeiro a outubro de 2015 para US$ 2,14 bilhões até o mês passado.
O algodão com receita de US$ 624,21 milhões registra crescimento de 15,80% sobre o faturamento anterior de US$ 539 milhões. Em volume foram 340,39 mil toneladas para uma movimentação atual de 413,84 mil toneladas.
No segmento de carnes, os cortes bovinos têm duas realidades, ascensão para os cortes refrigerados/frescos e retração para os congelados. Conforme o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, os cortes refrigerados têm crescimento de 19,80%, ao contabilizar receita de US$ 141,34 milhões. O segmento, no entanto, representa apenas 1,22% da pauta estadual. Com maior participação no total exportado nos últimos 10 meses, 5,13%, os cortes congelados apontam queda anual de 20,48%, ao passar de US$ 746,67 milhões em 2015, para US$ 539,76 milhões.