De acordo com dados consolidados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a safra 2023/24 de milho foi a segunda maior já registrada na série histórica do órgão.
A área de milho, em setembro, se manteve projetada em 6,94 milhões de hectares, queda de 7,31% ante o ciclo 2022/23. Já no que se refere à produtividade, esta ficou em 115,14 sacas/hectare (aumento de 0,97% em relação a última estimativa), porém, 1,42% menor que a última safra. “Apesar da diminuição, o ciclo 2023/24 registrou a segunda maior produtividade da série histórica do Imea, atrás somente da safra 2022/23. O que contribuiu para esse resultado da temporada 2023/24, no estado, foi o maior percentual de área semeada dentro da janela considerada ideal no estado (mais de 90%), além dos bons volumes pluviométricos registrados durante o desenvolvimento da cultura”.
Com a manutenção da área em setembro, e o reajuste na produtividade para o ciclo, a produção esperada para a safra 2023/24 ficou em 47,98 milhões de toneladas, recuo de 8,62% quando comparado com a safra 2022/23.
DEMANDA – De acordo com o Imea, a demanda de milho mato-grossense para a safra 2023/24 está 6,08% menor que na safra 2022/23. Com a perspectiva de uma oferta para o ciclo em 49,33 milhões de toneladas, a demanda para a temporada está estimada em 48,20 milhões de toneladas. “Quando observado o consumo mato-grossense, este se encontra com 15,90 milhões de toneladas, 6,42% maior que na safra 2022/23. Esse incremento é puxado, principalmente, pela alta no consumo de milho por parte das usinas de etanol, que representam 73,83% do montante do consumo mato-grossense”.
Do lado das exportações, quando comparada à da safra anterior, está 9,63% menor, embora apresente a maior participação (56,65%) dentro da demanda do estado. Já no que se refere ao consumo interestadual, a projeção do Instituto é de 4,99 milhões de toneladas, 14,26% menor que a safra 2022/23. Por fim, com o reajuste na oferta e demanda, o estoque final para o ciclo ficou em 1,13 milhões de toneladas.