A nova safra de milho safrinha, em Mato Grosso está, pelo menos 35,5% mais cara, quando comparada ao ciclo atual, o 2021/22. De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), fertilizantes e corretivos estão puxando os custos para cima e impondo novo recorde.
Conforme série histórica do Imea, de 2016/17, os custos seguem trajetória ascendente e atingem o pico no próximo ciclo, de acordo com as estimativas atuais.
Conforme o Instituto, o custo de produção ficou estimado em R$ 3.226,16 por hectare (ha), o que aponta a alta anual de quase 36%, quando comparado ao desembolso da atual temporada, 2021/22. “Esse aumento foi reflexo dos crescentes preços dos fertilizantes e corretivos, que exibiram uma alta de 52,62% ante a consolidação da safra passada, pautado pela baixa oferta de matéria-prima mundial”, apontam os analistas.
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Ainda conforme análise do Imea, os conflitos que seguem ocorrendo no Leste Europeu podem corroborar para novos reajustes nas cotações nos próximos meses, uma vez que a Rússia é um importante fornecedor mundial de potássicos. “Diante das intercorrências, o ponto de equilíbrio para a safra 2022/23 demanda, ao produtor mato-grossense, a necessidade de comercializar o cereal a um preço mínimo de R$ 30,07 por saca (sc) para cobrir o seu custeio da temporada 2022/23”, alertam.
PLANTIO – O Imea atualizou os dados referentes à semeadura do milho em Mato Grosso. Assim, foi visto que a operação está praticamente encerrada e bem a frente do ritmo empregado em igual momento do ano passado.
Com relação às regiões, cabe destacar a médio-norte e a noroeste como as mais adiantadas. Vale ressaltar que, segundo informantes do Instituto, as regiões onde a semeadura ocorreu precocemente já apresentam áreas em que o milho se encontra pendoado e, até o momento, em estádio de desenvolvimento satisfatório, pois se beneficiou das boas condições climáticas, o que deve impactar positivamente no saldo da produtividade.
