Quatro regiões de Mato Grosso deram início ao plantio da nova safra de soja, a 2021/22, ainda na semana passada, quando chegou ao fim o período proibitivo do Vazio Sanitário. Médio norte, oeste, noroeste e sudeste se destacam nesse momento e conduzem os primeiro hectares cultivados em áreas de pivô.
Conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), esse início de cultivos pode ser considerado “antecipado”. Como explicam os analistas do instituto. “Quando comparamos o início do cultivo deste ano com a média dos cinco últimos anos, a safra 2021/22 e a 2019/20 aparecem como as mais adiantadas da série histórica local, ambas com o mesmo percentual no período analisado”.
Com o fim do Vazio Sanitário no último dia 15, em Mato Grosso, os sojicultores aproveitaram o acúmulo de umidade no solo para iniciar o cultivo da oleaginosa, como aponta o Imea. “Sendo assim, o Instituto levantou que 0,28% da área estimada para a safra 2021/22 já foi semeada até a última sexta-feira (17). A maioria das áreas já semeadas estão sob pivôs”.
A previsão média de chuvas para o final de setembro aponta para uma acúmulo de cerca de 21 milímetros (mm) para MT, fator que pode permitir que as sementes que já foram semeadas atinjam a germinação. “Assim, conforme as previsões de chuvas forem se concretizando nas diferentes regiões mato-grossenses, a expectativa é que os trabalhos possam avançar mais rapidamente”, destacam os analistas.
Sobre as regiões que iniciaram o plantio no Estado, a médio norte – que concentra a maior parcela dos hectares cultivados om soja em Mato Grosso – fechou a semana com 0,61% da área semeada, o maior percentual até então. A oeste tinha 0,34%, a sudeste, 0,21% e a noroeste, 012%.
A expectativa do Imea é de que a área coberta supere a da temporada anterior e marque um novo recorde a sua série histórica, chegando a 10,84 milhões de hectares, quase 4% acima do que se concretizou em 2020/21.
DESPESAS – O Imea divulgou o custo de produção ponderado da soja transgênica referente ao mês de agosto para a safra 2021/22 em Mato Grosso e, com isso, o custeio da cultura apresentou elevação de 1,03% em relação à estimativa realizada no mês anterior. A variação se deu pelo aumento com as despesas das sementes de soja (2,66%), sob influência da forte demanda, resultado da comercialização acelerada devido à aproximação da semeadura.
Os custos com fertilizantes apontaram elevação de 1,15% no comparativo mensal, refletindo o impacto da demanda aquecida pelos insumos, além de uma alta de 1,84% no câmbio em agosto ante julho. No que tange às operações mecanizadas, a evolução no preço dos combustíveis resultou em uma alta de 1,64%. Com isso, o custeio da oleaginosa para a safra 2021/22 ficou estimado em R$ 2.891,84/ha na ponderação do mês de agosto, o que já apresenta uma elevação de 19,23% em comparação ao custeio da safra 2020/21.
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