A Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio-MT) divulgou nesta sexta-feira(28) uma Pesquisa que mede o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e turismo (CNC) que mostra que o otimismo do comércio subiu em outubro.
O percentual chegou a 108,5 pontos, segundo mês consecutivo da pesquisa que atinge nível de satisfação por parte dos empresários do comércio na capital. O índice atual está acima da fronteira entre a avaliação de insatisfação e de satisfação dos empresários do comércio. Para se ter uma ideia, a última vez que a pesquisa atingiu essa marca foi em junho de 2015, quando bateu os 100,4 pontos. Outro dado que também chama atenção foi a última vez que o índice chegou no patamar atual, em março de 2015, quando atingiu 106,4 pontos.
Na variação mês a mês, a pesquisa vem mostrando recuperação em diversos outros subitens, como o Índice de Investimento do Empresário do Comércio – IIEC, que no mês de agosto desse ano, era de 89,8 pontos, passando para 92,2 pontos em setembro e, agora, atingindo 96,3 pontos em outubro. Em relação ao Índice de Situação Atual dos Estoques – SAE, o índice chegou a 94,1 pontos nesse mês, contra 89,5 pontos mês anterior.
Segundo o superintendente da Fecomércio-MT, Evaldo Silva, podemos analisar um crescimento nos últimos três meses, tanto do Icec quanto outros índices da pesquisa. “Podemos dizer que estamos saindo de um estágio de menos pior, para um momento de recuperação da economia. Já com relação aos estoques é natural que aumente, pelo fato do 13º salário movimentar o comercio. Como os índices são de Cuiabá podemos concluir que a capital sempre sai a frente comparando com outros municípios de Mato Grosso”. Afirmou.
Nacional
Na média nacional, o índice ainda se encontra abaixo do nível de satisfação. Entretanto, o Icec em outubro, registrou 97,3 pontos, influenciado pela melhora na avaliação das condições correntes, nas expectativas de curto prazo e nas intenções de investimento.
“Embora a confiança dos comerciantes tenha evoluído positivamente nos meses recentes, os consumidores continuam cautelosos nas decisões de consumo. Há a percepção de que a crise está abrandando, mas a renda das famílias segue restrita com o comprometimento com dívidas, as condições do mercado de trabalho seguem desfavoráveis, com a taxa média de desemprego elevada e fechamento líquido de postos de trabalho, além do custo do crédito, que continua elevado. Esse contexto dificulta a recuperação mais rápida do varejo”, analisa a economista da CNC Izis Ferreira.