Boletim semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado nesta segunda-feira (27), registrou aumento de 2,37% no custo de produção da soja transgênica, referente ao mês de junho. No entanto, com a alta do dólar semana passada, o grão foi valorizado.
Conforme o levantamento, o elevação de custo foi referente ao custeio de maio. Um dos principais motivos para a alta se deve ao aumento considerável no preço da semente, que chegou a 5,01%. Além disso, o custo do fertilizante também subiu 2,59%.
O preço do combustível foi outro componente que contribuiu com o aumento no custo de produção, levando as operações mecanizadas somarem mais 2,55%. Em contrapartida, a mão de obra diminuiu 1,59%, devido à queda no preço da saca de soja no último mês, avaliada em R$ 98,89 – em maio deste ano, este valor era de R$ 100,47.
A alta no dólar na semana passada, elevou o preço disponível para a saca de 60 quilos de Mato Grosso, apontando valorização de R$ 4,13% no comparativo semanal. A saca está cotada a R$159,96.
O clima continua como fator determinante nas cotações da soja na bolsa de Chicago, que vem apresentando alta volatilidade nos últimos dias. Fora o clima, as incertezas sobre a política de biocombustíveis dos Estados Unidos pressionaram a cotação do grão em Chicago, que desvalorizou 1,55%.
Em junho, as previsões climáticas apontaram adversidades nas regiões produtoras no país norte-americano. Apesar do cenário climático desfavorável, alguns modelos já apontam melhores condições para as lavouras entre o fim de julho e início de agosto.
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