O MT Econômico traz hoje uma matéria com um estudo que mostra a tendência da construção civil a partir de 2021. O estudo foi elaborado pela Caravela Soluções, contemplando o impacto do setor durante a pandemia e as transformações que devem ocorrer no mercado.
O setor da construção civil é considerado pela McKinsey, o maior setor industrial do mundo, por interligar diversas atividades.
No Brasil, a cadeia produtiva da construção chega a 60% do PIB e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) calcula que cada R$ 1 milhão de investimento no setor é capaz de gerar 7,6 empregos diretos e 11,4 empregos indiretos, gerando uma renda adicional na economia de cerca de R$ 264 mil.
A despeito da grandeza, o futuro da construção é incerto. O retrospecto da última década é um dos pontos de atenção, após alcançar uma participação de 6,2% do Valor Adicionado Bruto total da economia brasileira, a desaceleração econômica dos últimos anos conduziu a uma participação de 3,4%.
O cenário de dificuldades na década não foi exclusividade brasileira. O setor enfrenta desafios de redução do tempo e dos custos nas obras no mundo todo e o crescimento da produtividade global da construção na última década foi apenas um terço do desempenho dos demais setores.
Somente a partir de 2017 é que se iniciou a recuperação no volume de lançamentos de unidades e das vendas, de acordo com a CBIC. No ano passado, a construção foi destaque na geração de empregos do país.
Entre os efeitos da pandemia, despertaram necessidades de maior controle na gestão das etapas de construção e iniciativas off-site building.
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Mudanças culturais de trabalho remoto e cuidados com a desinfecção da casa também pressionam por moradias com maior infraestrutura de comunicação e com espaços mais amplos e bem ventilados.
As perspectivas de mercado de curto e médio prazo permanecem positivas. A confiança dos empresários da construção em estado otimista quanto a investimentos e vendas indicam que deve haver recuperação do nível de atividade do início do ano.
No médio prazo, o elevado déficit habitacional e a tendência de crescimento populacional garantem demanda potencial para novas moradias nos anos subsequentes.
Diante destas condições, a McKinsey sintetiza nove grandes mudanças no setor, que envolvem a abordagem de marketing e de entrega dos serviços da construção como produtos padronizados.
Também é elencada a especialização das empresas em nichos de mercado definidos, a integração no processo produtivo, os investimentos em marketing, tecnologia e recursos humanos.
Os investimentos de marca e de padronização dos materiais devem fazer com que as grandes empresas atuem em escalas globais.
Além disso, essas mudanças devem diminuir a fragmentação existente da cadeia produtiva da construção.
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