Dados do Ministério da Agricultura e Pecuária referente ao Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP) são positivos para o ano de 2023 em todo o Brasil. Com um crescimento na produção, somando 8,9%, o campo deverá injetar R$ 1,24 trilhão na economia brasileira neste ano, o maior VBP dos últimos 34 anos.
Apesar da queda no preço da arroba dos bovinos e no faturamento anual, que chega a 3,4% em relação a 2022, é esperado um resultado financeiro da porteira para dentro de R$ 362 bilhões.
Em Mato Grosso, o VBP em 2022 alcançou R$ 202,01 bilhões. Para 2023 a expectativa é de R$ 215,96 bilhões. Na pecuária mato-grossense, em 2022, o VBP foi de R$ 25,97 bilhões, com probabilidade de alcançar R$ 29,16 bilhões em 2023.
Comparando com outros estados, como Goiás que espera um VBP na pecuária de corte de R$ 15 bilhões e Mato Grosso do Sul que busca um valor de R$ 16,5 bi, Mato Grosso se aproxima de superar os valores somados dos dois estados vizinhos.
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O consultor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Amado Oliveira, explica que Mato Grosso é destaque dentro da produção agropecuária com participação relevante no PIB. “O Mato Grosso, pelas suas características geográficas, já é um grande Estado. Nós tivemos em 2022 um PIB do Valor Bruto da Produção (VBP) na ordem de R$ 202 bilhões e para esse ano, vamos nos aproximar de R$ 216 bilhões. É claro, que fatores locais nos obrigam a ter uma escala maior que os outros estados”, explica o consultor da Acrimat.
Com a retomada das exportações de carnes bovinas para China e México, os produtores acreditam em uma melhoria nos valores da arroba, impulsionando mais a economia.
VBP – O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano e corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento. O VBP é calculado com base na produção da safra agrícola e da pecuária, e nos preços recebidos pelos produtores nas principais regiões do país, dos 26 maiores produtos agropecuários do Brasil. O valor real da produção, descontado da inflação, é obtido pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas. A periodicidade é mensal.