De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a relação de troca (RT) entre o boi e o milho, em Mato Grosso, melhorou no mês de junho. Como apontam os analistas, o boi gordo a prazo foi cotado a R$ 308,51/@ na parcial de junho/25, até o dia 27, alta de 1,53% frente a maio de 2025. Ainda com o início da colheita da segunda safra aumentou a disponibilidade de milho no estado, refletindo na queda dos preços do cereal, que foi cotado a R$ 41,20/sc no mesmo período, recuo de 26,74%.
“Esse movimento favoreceu a RT boi/milho, que atingiu 7,49 sc/@, o maior patamar desde fevereiro de 2018 (8,04 sc/@), e 2,70 pontos percentuais (p.p.) acima da média dos últimos cinco anos (4,79 sc/@)”, apontam os analistas do Imea.
No curto prazo, como avalia o Imea, a intensidade da recuperação nos preços do boi gordo deve depender da oferta de gado terminado no 1º giro de confinamento, já que a disponibilidade de fêmeas tende a recuar gradativamente. Para o milho, com o avanço da colheita e a oferta elevada tanto no mercado interno, quanto externo, a pressão baixista nos preços tende a se manter, favorecendo a RT boi/milho no estado.
MERCADO – Na parcial de junho/25 (até 27/06), o boi gordo a prazo foi cotado a R$ 308,51/@ em Mato Grosso, alta de 48,78% em relação ao mesmo período de 2024. Vale ressaltar que o indicador vem com alta no comparativo anual desde agosto/24, momento em que houve a inversão de cenário, saindo de 28 meses consecutivos de queda. “Apesar das desvalorizações ‘atuais’, ou seja, no comparativo mensal, a valorização anual demonstra o fortalecimento nos preços da arroba bovina em relação ao ciclo pecuário, sinalizando a fase de alta. Ainda, fatores como aquecimento na demanda externa e maior preço médio pago pela carne exportada, além da boa demanda no mercado interno, contribuem com a valorização da matéria-prima. Por fim, a menor participação de fêmeas nas indústrias no segundo semestre tende a ser outro fator de alta para os preços do boi gordo”, alertam os analistas do Imea.
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