Produtores de Mato Grosso estão aproveitando o preço elevado da soja para negociar contratos antecipados do grão. As commodities têm registrado alta de preços desde 2020. Os agricultores já negociaram 32,5% da safra 2021/22 de soja, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Apesar da redução de 2,59% da área plantada no Estado, segundo dados da plataforma SojaMaps da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), decorrente da quebra de safra com o impacto das chuvas, o Estado ainda é líder nacional de exportação do grão.
Mato Grosso representa 31,44% do volume nacional da comercialização de soja para outros países, conforme noticiado pelo MT Econômico anteriormente aqui.
Também tem ocorrido a troca de fertilizantes por parte da produção de soja, facilitando as negociações entre produtores e fornecedores.
“Uma parte do nosso fertilizante foi feita a troca por soja. Na época era bom, pois quem ficou para trás para comprar hoje está tendo aumento de até 60,70% em alguns insumos, quando dá sorte de ter o insumo para fazer a compra”, disse o produtor rural Gabriel Lenz.
De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a relação de troca tem sido favorecida pelo aumento dos preços da soja. Quase 30% da produção da oleaginosa esperada para a safra 21/22 já foi negociada no estado e, até o momento, mais de 85% dos fertilizantes já foram comprados pelos agricultores.
O custo de produção da próxima safra de soja em Mato Grosso deve chegar a R$ 2.719 por hectare, 12% a mais do que o valor gasto no ano passado. Destaque para os fertilizantes, que tiveram alta de 14,8% na comparação com a safra 20/21.
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