Para dar suporte ao mercado de energia da região, a Eletronorte vai começar a operar no município de Querência com a Usina Termoelétrica (UTE) Araguaia.
A região chegou a registrar crescimento anual de 10 a 12% nos últimos anos. A nova usina, movida a diesel, tem 20 MW de capacidade e é de propriedade da Eletronorte. A liberação foi concedida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para início da operação comercial a partir de 9 de abril. A usina vai entrar em funcionamento após a finalização dos procedimentos entre a Eletronorte e o Operador Nacional do Sistema (ONS).
Em decorrência das necessidades da região, a Energisa Mato Grosso empreendeu diversos esforços para viabilizar a liberação para a instalação da usina, desde os estudos apontando sua necessidade e viabilidade, passando por diversas reuniões com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o ONS, a Aneel e o Ministério das Minas e Energia (MME).
“Esse foi um esforço conjunto com autoridades municipais e estaduais, como prefeitos da região do Araguaia e deputados de Mato Grosso, que reforçaram junto aos órgãos do setor elétrico a necessidade extrema desse suporte adicional ao Sistema Araguaia”, explica o Diretor Técnico e Comercial da Energisa Mato Grosso, Alessandro Brum. A Energisa também executou a troca do transformador e as adequações físicas necessárias à instalação da usina pela Eletronorte.
A decisão pela construção da usina foi tomada pelo MME em 21 de julho de 2015, reconhecendo, de forma excepcional e temporária, a necessidade emergencial de geração de energia elétrica no município de Querência e outorgando à Eletronorte a responsabilidade pela construção. A atuação do ministério foi fundamental para garantir o atendimento à região.
A obra faz parte de um conjunto de ações necessárias para garantir a qualidade do fornecimento para o Norte Araguaia. Dentre os investimentos de responsabilidade da Energisa, destacam-se em 2016 a duplicação de 154 quilômetros da linha em 138 KV que atende à região, no trecho que vai de Barra do Garças a Nova Xavantina, além da instalação de um compensador síncrono na subestação de Confresa. O compensador é um equipamento de 200 toneladas que serve para regular dinamicamente os níveis de tensão da linha. Ele é necessário em função das características especiais da carga da região. As obras para instalação do compensador síncrono (já em processo de fabricação) têm um custo aproximado de R$ 50 milhões.
Porém, para atender ao mercado da região, que já é considerada a nova fronteira agrícola de Mato Grosso, e também dar suporte ao crescimento da agroindústria e do comércio no Araguaia, existe a necessidade de reforços nos sistemas de transmissão que atendem à região. É necessária a construção de novas linhas de alta tensão em 230 quilovolts (KV), cuja licença para construção e operação será leiloada pelo Governo Federal no dia 13 de abril.
“A Energisa está buscando todas as alternativas possíveis de investimento para o Araguaia. A solução definitiva para a região passa pelo Governo Federal, com leilões para a construção de novas linhas de transmissão. Até que isso seja viabilizado, tudo o que está ao alcance da distribuidora para melhorar o fornecimento para o Araguaia está sendo feito”, afirma Alessandro Brum. “Entendemos que o Araguaia é uma região com imenso potencial de desenvolvimento e queremos estar à frente desse processo”, conclui.