Segundo Alê Delara, consultor e palestrante no agronegócio, e o Agrolink, o atraso no plantio de soja no Brasil é motivo de preocupação, embora o mercado ainda não tenha precificado grandes problemas climáticos. O país enfrenta uma das mais longas estiagens das últimas décadas, refletindo diretamente na semeadura da principal cultura agrícola brasileira. Até o momento, apenas o Paraná, com 10,21% da área semeada, e o Mato Grosso, com 0,25%, iniciaram os trabalhos no campo. No total, a estimativa é que 1,45% da área tenha sido plantada, em comparação com 2,01% no mesmo período do ano passado.
Mesmo com esse atraso, o mercado não incorporou prêmios de risco significativos para problemas mais graves, como demonstrado pela curva de prêmios pressionada para entregas entre março e abril. A comercialização também avança lentamente, com 22,09% da safra 2024/25 já vendida e 85,02% da safra atual. No entanto, o clima permanece uma grande preocupação, pois não há previsão de grandes volumes de chuvas nos próximos dias, exceto no Rio Grande do Sul.
Os mapas de anomalias de precipitação indicam que o Centro-Oeste deve continuar com tempo seco e baixos acumulados de chuva, o que prolongará o atraso no plantio até meados de outubro.
Em Sorriso, Mato Grosso, por exemplo, as últimas chuvas significativas ocorreram em maio, e a umidade do solo na região está no nível mais baixo desde 2018. Esse cenário complexo desafia os produtores, especialmente em Mato Grosso, onde a última safra sofreu grandes perdas devido à seca. Os preços baixos e o risco elevado tornam a decisão de comercializar a safra atual ainda mais delicada.
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