O Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) pediu o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para solucionar os problemas burocráticos que atrapalham as exportações da madeira nativa produzida no país. Em alguns casos, a demora no embarque dos contêineres nos portos da região Sul supera quatro meses.
A solicitação foi formulada pelo presidente do Fórum, Frank Rogieri, durante a 1ª reunião ordinária da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), realizada na última sexta-feira (02). Ele também é vice-presidente da entidade.
“Mato Grosso é um dos maiores produtores de madeira nativa e representa apenas 2,7% do produto exportado pelo estado. Podemos dobrar esse volume simplesmente vencendo a burocracia e, por isso, pedimos o apoio da CNI para podermos viabilizar a volta da normalidade das exportações nos portos brasileiros”, destacou Rogieri. O pedido contempla a busca por uma interlocução junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).
Rogieri ressaltou que a situação tem causado grandes perdas para as empresas brasileiras e mato-grossenses, que enfrentam sérios problemas por conta da demora na liberação da mercadoria vendida. “Esta trava, além das dificuldades que já listamos, traz prejuízos enormes para as empresas que pagam taxas caríssimas de armazenamento, além do prejuízo para o caixa das empresas que não conseguem esperar tanto tempo para fazer o faturamento da mercadoria comercializada”.
Uma alternativa para agilizar as exportações de toda a região Norte, explica Frank, é a utilização do Porto Seco, em Cuiabá, que atenderia estados como Acre e Rondônia. “Seria uma opção muito mais rápida, mais célere. Estamos ficando até quatro meses esperando liberação dos contêineres nos portos do Sul do Brasil. Esta trava nas exportações dificulta e prejudica as vendas e impacta negativamente o mercado interno”.