O Brasil se consolidou como o maior exportador de carne bovina no fechamento de setembro de 2025, com 314,7 mil toneladas de carne in natura enviadas ao exterior, 25,1% a mais do que no mês anterior, segundo dados da Secex. O preço médio por tonelada alcançou cerca de US$ 5.600 no acumulado até setembro.
O crescimento nas exportações reflete não apenas a estabilidade do mercado interno, mas também novas aberturas comerciais, incluindo países vizinhos como o Paraguai. O país mantém uma tarifa total de 76,4% sobre o produto, combinando a sobretaxa de 50% recentemente aplicada com os 26,4% já existentes entre Brasil e Estados Unidos.
Para Luiz Almeida, diretor de Agronegócio da EEmovel Agro, o desempenho evidencia a força da pecuária brasileira e a importância de Mato Grosso nesse cenário. “Mato Grosso lidera o ranking nacional de produção e exportação de carne bovina, e a consolidação do estado nesse mercado mostra como investimento em gestão, tecnologia e estrutura produtiva faz diferença para o setor”, afirma. O levantamento do IBGE aponta que Mato Grosso concentra um rebanho de 32.853.368 cabeças, número que supera significativamente outros estados produtores como São Paulo, Maranhão e Paraná.
O desempenho brasileiro acompanha uma tendência de maior estabilidade e competitividade no comércio internacional de carne bovina. O país mantém posição estratégica entre os principais exportadores globais e beneficia-se da expansão para mercados vizinhos, enquanto o fortalecimento de estados emergentes na pecuária contribui para diversificação e resiliência da produção. O consolidado de cinco estados emergentes, quando somado ao rebanho de Mato Grosso, mostra a relevância do estado no cenário nacional.
Almeida destaca ainda o impacto desse crescimento para o setor. “As exportações recordes refletem o esforço conjunto de produtores, indústria e políticas comerciais que permitem ao Brasil se posicionar de forma competitiva no mercado global. Mato Grosso e demais estados produtores estão construindo uma trajetória sólida que garante produtividade e sustentabilidade para o futuro da pecuária”, conclui Luiz Almeida.
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