O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) acaba de apresentar os resultados da pesquisa “Diagnóstico da Cadeia Leiteira em Mato Grosso”. O estudo desenvolvido pelo Imea é uma realização da Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (Aproleite/MT). (Veja detalhes do estudo aqui).
O Imea identificou que o perfil do pecuarista leiteiro de Mato Grosso é caracterizado majoritariamente pelo gênero masculino, representando 70,67% do total entrevistado, e com idade entre 41 e 72 anos (65% da amostra), sinalizando o envelhecimento dentro da porteira.
Os dados apresentados pelo Imea são relacionados ao perfil do produtor, da propriedade, produção leiteira, mão de obra, manejo, custo de produção precificação, bonificação, qualidade do leite, entraves na cadeia leiteira, panorama da produção de leite nos últimos anos, dentre outros.
De acordo com a caracterização da propriedade, 66,32% da média de produtores de Mato Grosso possui área de até 30 hectares destinada à produção de leite e 56,90% apresentam produção média de até 100 litros/dia em período de águas, o que caracteriza produtores de pequena escala. Além disso, 63,57% dos produtores de leite não realizam planejamento da produção e, dos que realizam, 74,92% fazem uso apenas do planejamento no curto prazo, o que sinaliza dificuldade na gestão da atividade.
A apresentação dos dados foi conduzida pelo superintendente do Instituto, Cleiton Gauer, durante live transmitida pelo canal do Imea no YouTube. A transmissão contou ainda com a participação do presidente da Aproleite/MT, Dolor Vilela.
“Nos sentimos muito lisonjeados em poder executar esse trabalho e por conseguirmos trazer uma visão geral, um raio x, com esse material que nós estamos apresentando. O diagnóstico é um compilado de dados muito importantes que poderão subsidiar a formação de políticas públicas e o direcionamento do setor”, pontuou Cleiton Gauer.
O estudo se deu por meio de pesquisa exploratória e descritiva, tendo a coleta de dados realizada através de levantamento de campo e contando com a participação de 2.548 entrevistados, entre produtores de leite, indústria de laticínios, cooperativas de leite e varejo.
“Esse é um trabalho que nós já́ tínhamos a ideia de fazer bem antes da pandemia e que se concretizou agora. É um estudo necessário para que possamos discutir a política do leite em Mato Grosso e que com certeza irá nos ajudar a atrair políticas de Estado voltadas à pecuária de leite”, salientou Dolor Vilela.