A agroindústria mato-grossense emprega 47% do total dos trabalhadores que atuam no setor industrial em Mato Grosso. Nesse segmento, estão 77,9 mil pessoas ocupadas em empresas responsáveis pela transformação de matérias-primas agropecuárias provenientes da agricultura, pecuária, aquicultura ou silvicultura. Os números fazem parte de um estudo elaborado pelo Observatório da Indústria do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt) que pode ser acessado gratuitamente pelo site da instituição, no formato de Business Intelligence (BI).
“Grande parte da indústria está ligada ao agronegócio, que é uma das principais forças motrizes da economia estadual. O processamento de produtos agrícolas, como grãos e carnes, é realizado em indústrias locais, agregando valor às commodities e impulsionando a exportação. Essa integração cria uma sinergia que potencializa ainda mais o crescimento econômico do Estado”, destaca o presidente do Sistema Fiemt, Silvio Rangel.
O segmento agroindustrial também tem um forte impacto na Balança Comercial de Mato Grosso. Por meio da exportação de produtos agrícolas e pecuários, o Estado gera divisas, impulsiona a economia e contribui para o desenvolvimento do país.
Os principais parceiros comerciais de Mato Grosso são a China, a União Europeia e outros países da América do Sul. O presidente do Sistema Fiemt ressalta que a produção agropecuária e a sua transformação em alimentos e produtos industrializados estão diretamente ligadas à geração de empregos e ao crescimento econômico da região.
No total, somam 165 mil funcionários industriais em Mato Grosso, sendo o setor econômico que mais criou empregos formais em maio de 2023, e responsável por cerca de 17% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, de R$ 178 bilhões em 2020. Em relação a arrecadação, a indústria detém 35% da arrecadação dos impostos estaduais, cerca de R$ 6,8 bilhões em ICMS. Desses, R$ 2,7 bilhões são gerados pela agroindústria.
A maior parte dos empregos gerados pela agroindústria está na atividade de abate de bovinos, chegando a 23 mil trabalhadores, seguido da fabricação de álcool e de abates de suínos, com cerca de 8 mil pessoas para cada setor. Por meio do BI, é possível observar um crescimento de 40% no total de empregos gerados pela agroindústria nos últimos cinco anos.
O gerente do Observatório, Pedro Máximo, explica que o relatório BI fornece o monitoramento e análise de negócios relevantes. “É uma estratégia de análise de dados que pode ajudar as empresas a melhorar seu desempenho, contribuindo para a tomada de decisão em futuros investimentos”, conclui.