O bolso do cuiabano sentiu um leve aumento nesse primeiro trimestre nos itens que compõem a cesta básica. No acumulado o valor foi de 5,79%.
Fechou março com preço médio de R$ 398,54, em valores, o oitavo maior do país em percentual, é o quinto maior, conforme o levantamento da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado ontem (05).
Houve diminuição do custo do conjunto de alimentos essenciais em 12 das 20 capitais que integram a pesquisa com o tomate e a banana como vilões da alta. Se comparado com o valor pago pelo salário mínimo, a cesta básica de março paga pelo cuiabano foi 45,41% do salário mínimo, que hoje é de apenas R$ 954.
A cesta mais cara foi a do Rio de Janeiro (R$ 441,19), seguida por São Paulo (R$ 437,84), Porto Alegre (R$ 434,70) e Florianópolis (R$ 426,79). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 322,88) e Aracaju (R$ 339,77).
Com base na cesta mais cara, que, em março, foi a do Rio de Janeiro, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em março de 2018, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.706,44 ou 3,89 vezes o salário mínimo nacional, de R$ 954.
Na Capital, dos 13 itens que compõe a cesta básica, quatro registraram alta e nove deles redução na comparação mensal. Os produtos tiveram o seguinte comportamento no mês passado: carne (+0,16%), leite (+2,39%), feijão (-4%), arroz (-1,11%), farinha (-3,93%), batata (-9%), tomate (+5,33%), pão (-0,49%), café (-1,05%), banana (+11,99%), açúcar (-2,53%), óleo (-1,68%) e manteiga (-3,68%). O Dieese considera os 13 itens suficientes para alimentar uma família de quatro pessoas.
PESQUISA – Em 12 meses, entre março de 2017 e 2018, os preços médios da cesta caíram em 16 cidades, com destaque para Salvador (-7,66%), Goiânia (-7,18%) e Belém (-6,89%). As altas foram registradas em quatro capitais. As mais expressivas ocorreram em Curitiba (3,11%) e Rio de Janeiro (2,29%).