O Centro das indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) e outros setores produtivos se reuniram para cobrar agilidade nos processos de licenciamento ambientam realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
Eles querem que a Sema seja desburocratizada através de uma reestruturação da pasta. Hoje cerca de 80% das demandas da Sema hoje se referem a licenciamento ambiental e fiscalização. O Cipem, os produtores e o próprio órgão vão atuar junto nesta reestruturação.
O objetivo é atuar dentro do órgão ambiental para mapear, refazer um modelo estrutural de trabalho, englobando todos os processos e rotinas, com enfoque na gestão de resultados. A empresa Falconi Consultores de Resultados, que está no mercado a cerca de 30 anos, deverá começar os trabalhos já nos próximos dias, previsto entre o fim de março e início de abril.
A secretária Ana Luiza Peterline, avalia que o trabalho levará cerca de um ano e é uma ação prioritária do Governo do Estado, que também conta com recursos do Fundo Amazônia para investimentos em modernização.
“O licenciamento digital é uma realidade, 100% dos processos serão feitos exclusivamente pela internet, mas antes de automatizar queremos otimizar os processos, torná-los mais leves, ágeis e organizados, assim as regras ficarão mais claras a todos”.
No último dia (10.03) representante da empresa Falconi se reuniu com os envolvidos e apresentou seu plano de intervenção na Sema. Na ocasião, o secretário do GAE, Gustavo de Oliveira, afirmou que o Estado caminha para a eficiência sem ter necessariamente que ampliar seu quadro de contratação de pessoas. Ele explicou que o Movimento Mato Grosso Competitivo (MMTC) doará o projeto e o setor produtivo arcará com o custo da consultoria. “Todos vão ser beneficiados com o resultado desse trabalho, que é um compromisso do governador”.
O representante do MMTC, Luis Alberto Nespolo, pontuou que o movimento está apoiando o processo de modernização de vários estados brasileiros, nas mais diversas áreas, independente de filiação partidária. Mato Grosso priorizou neste momento meio ambiente e saúde. “Estamos atrasados 10 anos em relação ao movimento nacional, o que interfere muito na nossa economia. O principal gargalo das instituições e empresas é a falta de planejamento estratégico. Enquanto estivermos focados apenas em matar um leão por dia não vamos conseguir aperfeiçoar nossos serviços para atingir a um padrão de excelência”.
Representado na reunião, pelo diretor executivo do Cipem Valdinei Bento dos Santos, José Eduardo Pinto, Presidente do Cipem, avalia que o setor apoia a modernização nos sistemas do órgão, salientando ainda que estão entre os que mais sentem a falta de celeridade da Sema.
“A demora nos licenciamentos e nos trabalhos que envolvem o setor florestal produtivo, preocupa o nosso segmento. Por esta razão não vemos problemas em ajudar a promover a reestruturação do órgão. Sabemos que este é o caminho para continuarmos nosso trabalho que vem de encontro aos princípios da Sema respeitando a natureza. Para nós este é o melhor caminho”, afirmou o presidente.