A colheita da safra 2024/25 no Brasil atingiu, em meados de junho, 2,80% da área estimada, atraso de 0,30 pontos percentuais (p.p.) ante o mesmo período da safra 2023/24, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em relação aos estados produtores, Minas Gerais e Piauí são os que estão mais avançados, com 25% e 12% de suas áreas já colhidas, respectivamente. No que tange a Mato Grosso, conforme análise do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), na última semana, foram identificados os primeiros hectares colhidos, no estado que é o maior produtor nacional.
Analistas do Imea, destacam que mesmo contabilizando as primeiras frentes de colheita nas áreas de primeira safra, porém, o percentual colhido ainda não apresentou valor significativo para divulgação. “Neste início, é comum um ritmo mais lento no estado, tendo em vista que as áreas de primeira safra representam cerca de 20% da área total. Diante disso, é esperado que o progresso se intensifique à medida em que os talhões de segunda safra começarem a ser colhidos, o que sazonalmente ocorre em julho, quando todos os capulhos já estão abertos”.
De modo geral, o desenvolvimento das lavouras no país está dentro do esperado, com boas expectativas de produtividade. Por fim, espera-se um novo recorde para a produção do algodão em caroço no país, estimada em 9,42 milhões de toneladas (t).
NO TIO SAM – Segundo o relatório do USDA, no dia 22/06, a semeadura do algodão nos Estados Unidos atingiu 92% da área prevista para a safra 2025/26, progresso de 7 p.p. no comparativo semanal. Esse percentual está 1 p.p. atrás do observado no mesmo período do ano passado e 3 p.p. abaixo da média dos últimos cinco anos.
Quanto ao Texas, o maior estado produtor do país, a semeadura atingiu 91% da área projetada para o ciclo, seguindo em linha com o registrado na safra 2023/24. No que tange às condições das lavouras norte-americanas, 47% estão classificadas como boas e excelentes, 9 p.p. inferior ao mesmo período do ano passado, reflexo dos impactos da seca que atingiu o país no início dos trabalhos a campo. Diante desse cenário, o USDA reduziu a expectativa de produção do país em 2,87% ante a safra 2024/25, agora estimada em 3,05 milhões de toneladas.
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