Pouco mais de 68 milhões de toneladas de milho, safra 2021/22, já estão comercializadas em Mato Grosso, conforme levantamento atualizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária de Mato Grosso (Imea). O volume movimentado equivale a cerca de 26 milhões de toneladas das 39,16 milhões estimadas para este ciclo. Conforme o Imea, o escoamento da safra é decisivo para desafogar os silos e permitir o melhor acondicionamento do cereal.
Em julho, a comercialização da safra 2021/22 de milho em Mato Grosso avançou 4,63 pontos percentuais (p.p.) ante o mês anterior e totalizou 68,20% da produção estimada, comercializada para a temporada. “Esse avanço se deu em função do maior volume de milho no mercado físico, devido à colheita avançada do cereal, no último mês no Estado e a necessidade de dar vazão ao milho devido à falta de armazéns, uma vez que Mato Grosso possui um grande déficit de armazenagem de grãos. Desse modo, apesar de a comercialização ter evoluído um pouco mais que o observado no mês de junho, as vendas do cereal continuam atrasadas em 15 p.p. no comparativo com o mesmo período da safra 2020/21”.
No que tange aos preços, a média comercializada no Estado em julho foi de R$ 61,48/sc, 5,33% a menos que no mês anterior, puxado principalmente pela maior oferta do cereal e a queda nas cotações do milho corrente na CME Group em julho.
Leia também: Recorde na oferta nacional de milho passa por Mato Grosso
O RECORDE – A 11ª estimativa da safra de milho em Mato Grosso não apresentou mudanças em relação às previsões de área, produtividade e produção para a safra 2021/22 no Estado, se comparado com o último relatório. Desse modo, a área projetada para o cereal se manteve em 6,39 milhões de hectares, sendo 9,43% maior que o valor consolidado da safra 2020/21, em Mato Grosso, se tornando a maior safra da história.
“Em um cenário de aumento de demanda do mercado externo, bem como pelas usinas de etanol de milho, e por consequência, os altos patamares de preços do cereal no mercado, estimularam o aumento das áreas destinadas à cultura para esta safra”.
Em relação à produção, o Imea manteve a previsão de produtividade do cereal em 102,10 sc/ha para a safra. “Cabe ressaltar que nem todas as regiões foram afetadas com intensidade pela escassez hídrica que ocorreu nos meses de abril e maio de 2022, uma vez que regiões como a médio norte tiveram um maior percentual semeado dentro da janela ideal, favorecendo o desenvolvimento do cereal. Por último, sem alteração na área e produtividade para esta safra, a produção se manteve estimada em 39,16 milhões de toneladas. Desse modo, o volume é 20,24% superior à da safra passada, sendo recorde na produção do cereal em Mato Grosso”.
Leia mais: Indústrias mato-grossenses realizam mais uma exportação de DDG do milho