De acordo com levantamento feito pelo Ministério da Agricultura, a contratação de crédito do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) entre médios e grandes produtores alcançou entre julho do ano passado e janeiro último R$ 93,73 bilhões, volume que é 12% maior do que o contratado no mesmo período da safra 2017/2018, que somava R$ 83,89 bilhões, ou seja, as contratações totais (empresarial e familiar) cresceram 13%, chegando a R$ 110,2 bilhões, comparativamente ao mesmo período da safra passada (R$ 97,6 bilhões).
O volume financiado para custeio, em alta de 12%, nesses sete meses, soma R$ 53,8 bilhões. Mas a maior alta, de 26%, foi na modalidade destinada a investimentos, que já chega a R$ 20 bilhões, ante R$ 15,9 bilhões em igual período da safra passada.
Para o diretor de Financiamento e Informação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de Araújo, esse desempenho aponta animação dos agricultores, uma vez que, entre as diferentes finalidades, os financiamentos de investimentos registraram os maiores aumentos. Neste e nos próximos meses deverão se intensificar os créditos de custeio para produtos da safra de inverno e para comercialização.
Para a atividade agrícola foram fechados 67.423 contratos, com aumento de 14%, e na pecuária, 26.307 (6%).
Entre os programas de financiamento, a maior alta (235%) foi registrada no Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária). Com a aplicação de 780 milhões de reais foram financiados 79% dos recursos destinados ao programa.
O Moderfrota, um dos programas mais demandados do PAP, já teve desembolso de 66% do total previsto para 12 meses, com contratação de R$ 5,696 bilhões, que representam 46% de alta sobre o montante financiado em igual período de 2017/2018.
Do Moderagro, destinado a projetos de modernização e expansão da produtividade, 93% do volume de R$ 839 milhões destinados ao programa já foi emprestado, representando aumento de 177% nas contratações.
Na Agricultura Familiar, o investimento registrou alta de 55% na comparação com julho de 2017 a janeiro de 2018, sendo contratados R$ 635 milhões. Para industrialização, o recurso financiado subiu 50%, somando nos sete meses transcorridos R$ 7,40 bi, ante R$ 4,94 no período anterior. O recurso de custeio contratado é de R$ 8,45 bilhões, em alta de 1%. O total emprestado para produtores familiares soma R$ 16,49 bilhões, com aumento de 20%.